por Denise de Almeida


 



Apesar de a soja continuar sendo a principal oleaginosa para o biodiesel – atualmente, 80% do biodiesel no Brasil é feito com óleo de soja –, a pressão para que até 2020 a adição ao diesel seja de 20% faz com que a produção de outros óleos vegetais sejam uma aposta atraente para os produtores.


O assessor de cana-de-açúcar e agroenergia do Ministério da Agricultura (Mapa), José Newton Vieira, explica que há interesse do governo em fomentar outras culturas em que pequenos produtores possam ser competitivos e tenham maior produtividade e rentabilidade. Tanto que a recém-criada Embrapa Agroenergia ganhará sede própria em Brasília em junho e atuará como centro de desenvolvimento de pesquisas e de suporte para as demais unidades espalhadas pelo país que fomentem a produção de oleaginosas e palmáceas.


Segundo Vieira, o girassol e a canola são culturas contempladas em políticas pelo governo porque representam alternativa à soja em curto prazo. Mas ele ressalta que há boas apostos em longo prazo, tanto que a Embrapa destinou R$ 7 milhões para pesquisas com o pinhão manso, cultura considerada atrativa pela produtividade.


O diretor da Associação Brasileira de Produtores de Pinhão Manso, Roberto Murat, salienta que a planta é bem vista pela comunidade internacional como matéria-prima para biodiesel por não ser uma fonte de alimento.