por Denise de Almeida


 


 O etanolduto lançado em Ribeirão Preto (SP), no final de novembro, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva deverá retirar das rodovias cerca de 80 mil caminhões por ano, de acordo com a Petrobras.  


O maior impacto deve ser visto na ligação entre Ribeirão e Paulínia, a principal do país, que liga um polo produtor a outro distribuidor, compreendendo um trecho de 202 km.  


Com investimentos de mais de R$ 5 bilhões, o Sistema Integrado de Transporte de Etanol possui um total de 850 km de extensão e vai atravessar 45 municípios, ligando as principais regiões produtoras de etanol nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso à Replan, em Paulínia (SP). Parte deste sistema integrado será composto por um etanolduto de longa distância, entre as regiões de Jataí (GO) e Paulínia. O primeiro trecho irá de Ribeirão Preto a Paulínia.  


A maior parte do sistema será construída utilizando as áreas de passagem de dutos já existentes, o que, segundo a Petrobras, vai impactar menos as populações locais e a vegetação nativa. Além disso, o projeto irá reduzir o tráfego nas grandes rodovias e nas áreas de grande circulação de veículos dos centros urbanos.  


O empreendimento se integrará também ao sistema de transporte hidroviário existente na bacia Tietê-Paraná, cujos comboios de transporte, compostos pelas barcaças de cargas e os barcos empurradores, serão construídos e operados pela subsidiária da Petrobras, Transpetro.  


A combinação dos modais dutoviário e hidroviário do sistema Tietê-Paulínia irá garantir uma melhor racionalização do processo de transporte do etanol, com os menores custos possíveis, e com redução no número de caminhões e menor desgaste das estradas, maior segurança e agilidade e menor emissão de poluentes.  


O projeto, quando concluído, terá uma capacidade instalada de transporte de até 21 milhões de metros cúbicos de etanol por ano.