por Denise de Almeida e Márcia Alves

Se aprovado, o projeto vai alterar o Código de Trânsito (Lei 9.503/97) que, hoje, já estabelece como equipamentos obrigatórios dos veículos, entre outros: cinto de segurança, encosto de cabeça, air bag frontal para motorista e passageiro do banco dianteiro, dispositivo para controle de emissão de gases poluentes e de ruído e equipamento para registro de velocidade e tempo em veículos de transporte de carga e para mais de dez passageiros.   

Gasolina ainda à frente do etanol

Em dezembro, a Petrobras atingiu um recorde histórico: o volume de vendas de gasolina alcançou a marca de 1, 966 milhão de m3. O último recorde, de março de 2010, atingiu 50 mil m3. Para a empresa, o crescimento nas vendas está relacionado ao aumento de preço de etanol, que motivou a preferência dos motoristas pela gasolina. Um quadro que deve se manter até abril, segundo especialistas, mesmo com o fim da entressafra de cana de açúcar.

O presidente da Copersucar, Paulo Roberto de Souza, acredita que a volatilidade seja menor e o padrão de preços maior. "Em São Paulo, onde o etanol custa em média 55% do preço da gasolina, o mais provável é que neste ano opere numa faixa de 65%", disse. Um levantamento da Fundação Getúlio Vargas (FGV) realizado em janeiro confirmou essa tendência. De acordo com a pesquisa, o valor médio do etanol apresentou alta de 3,42% em relação ao mês de dezembro, média registrada também em sete capitais.

Mercosul terá placa de carro única em 2016

A criação de uma placa de veículos unificada para os países do Mercosul – Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai – foi uma das sugestões apresentadas durante a 40ª Cúpula de Presidentes do Mercosul e Estados Associados, ocorrida em dezembro. A proposta é de longo prazo e tem o objetivo de aprofundar o processo de integração entre os países do bloco econômico.  

A adoção da nova placa, entretanto, será gradativa. Segundo o Itamaraty, sua implantação se dará inicialmente nas cidades da tríplice fronteira – Foz do Iguaçu, Puerto Iguassu (Argentina) e Cidad de Leste (Paraguai), para depois ser ampliada para a frota completa dos países, sendo que, caminhões e ônibus recebem a placa a partir de 2016. Para automóveis e outras categorias a entrada em vigor será em 2018, quando os veículos novos já receberão a placa do bloco.  

O primeiro passo será o cadastro de cerca de 100 mil veículos que já fazem o transporte de carga e o transporte rodoviário entre os países do Mercosul e que, hoje, são obrigados a rodar com o Certificado de Inspeção Técnica Veicular (CITV), que atesta que o modelo atende às condições de segurança do país de origem.  

Com a medida, eles passarão a ter uma única placa, com a qual atravessarão as fronteiras sem dificuldades e poderão circular livremente nos países vizinhos.  

Junto com a unificação das placas ocorrerá a unificação do cadastro dos veículos. Assim, as infrações cometidas em qualquer país do Mercosul serão registradas e as multas, enviadas para o dono do carro.  

A placa terá o símbolo do Mercosul, mas sua combinação alfanumérica será estabelecida pelas autoridades de cada país.