por Márcia Alves

A partir deste ano, as montadoras são obrigadas a colocar em todos os carros que saírem das fábricas o selo que mede o consumo do combustível. A etiqueta de eficiência energética (Ence) desenvolvida pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) classifica por consumo 327 veículos – até o ano passado eram 105 modelos – de 25 montadoras, apresentando informações sobre a autonomia em quilômetros por litro de combustível na cidade e na estrada e a emissão de CO2. 

A etiqueta Ence nos veículos segue os mesmos princípios das afixadas em refrigeradores, aparelhos de ar condicionado, fogões, televisores, lâmpadas e outros produtos. Por meio das letras que vão de "A" (mais eficiente) até “E” (menos eficiente), o consumidor saberá já na concessionária quantos quilômetros o carro faz com um litro de gasolina ou etanol, seja na cidade ou na rodovia.

Segundo o Instituto, os modelos testados neste ano já representam 70% do mercado. O consumo usado nos cálculos não tem base em um veículo específico. Os valores são uma referência, uma forma de o Inmetro chamar a atenção dos consumidores para o impacto da comparação e a economia que pode gerar. Nos carros populares, um subcompacto, por exemplo, constatou-se que em cinco anos, a economia de combustível poderá chegar à R$ 4.763. 

Carros híbridos, com motores elétricos e a gasolina, são os que consomem menos combustível, na cidade ou na estrada, segundo o teste do Inmetro. O Ford Fusion 2.0 com 16 válvulas, por exemplo, obteve o melhor desempenho, fazendo 16,8 quilômetros por litro na cidade e 16,9 quilômetros por litro na estrada. Entre os populares, o Renault Clio 1.0 16V Flex, que tem preços a partir de R$ 24,1 mil, roda com um litro de combustível até 14,3 quilômetros na cidade e até 15,8 em situação de estrada.