por Cristiane Collich Sampaio

Também na área da medicina os avanços tecnológicos caminham a passos largos. O recente lançamento do chamado “comprimido inteligente”, que deverá estar disponível no mercado europeu dentro de 18 meses, é prova disso. A Novartis, indústria farmacêutica suíça, desenvolveu um comprimido, que, além do remédio, traz um microchip. Ao ser ingerido, este é acionado por reação bioquímica, pelo ácido clorídrico presente no estômago. Quando a droga começa a ser digerida, esse chip passa a monitorar seus efeitos no organismo do paciente, bem como a temperatura e o batimento cardíaco. Os dados são transferidos para um terminal colocado sobre a pele, como um pequeno curativo, e podem ser enviados para o aparelho do médico – um smartphone, por exemplo –, por meio de tecnologia wireless.

Não tão nova

Mas a Novartis não é a única a apostar nessa tecnologia. Em 2008 a Philips divulgou o protótipo de uma cápsula eletrônica, chamada iPill, que contém microprocessador, bateria, rádio sem fio, bomba de ar e um reservatório, o qual libera o remédio em uma área específica do corpo humano.  Controlada por rádio frequência, a iPill mede a acidez local para identificar em qual ponto do intestino está e, dessa forma, poder colocar a medicação exatamente onde é necessária. Tratar problemas gastrintestinais diretamente na área mais afetada possibilita o uso de doses menores de remédio e, consequentemente, menor incidência de efeitos colaterais.

Segundo informações da Philips, a cápsula também pode medir a temperatura da região em que está e enviar essa informação para um dispositivo fora do corpo.

Outra linha de pesquisa, que visa o benefício dos enfermos e a redução dos custos de internação hospitalar, desenvolve-se na Grã-Bretanha. Estão sendo realizados testes com um comprimido tecnológico, que, por meio de mensagem no celular, lembra o paciente distraído que se esqueceu de tomar seu remédio. O dispositivo também permite aos médicos monitorar remotamente a dosagem da medicação.