por Márcia Alves e Denise de Almeida


 


Um posto da Rede Duque, de bandeira BR, localizado em Higienópolis, foi o primeiro da capital e o quinto do país a adotar nova nomenclatura etanol nas bombas, em substituição ao álcool. A mudança ocorreu durante uma solenidade, realizada em 17 de setembro, com a presença de inúmeras autoridades. O secretário municipal de Controle Urbano, Orlando de Almeida, que representou o prefeito Gilberto Kassab no evento, ressaltou a importância da padronização. “O termo etanol é utilizado no mundo inteiro e a cidade de São Paulo aceitará rapidamente a mudança”, afirmou.


 


O diretor da União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica), Adhemar Altieri, disse que o Brasil era o único país do mundo que não utilizava a palavra etanol para identificar o combustível. “Já estávamos cansados dessa confusão que existe entre o álcool bebida e o álcool combustível”, disse. O apoio do Sincopetro à substituição do termo álcool por etanol nas bombas dos postos de todo o estado foi confirmado pelo diretor Joaquim Mesquita Filho, que representou o presidente José Alberto Paiva Gouveia na solenidade.


 


A Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), segundo seu diretor, Allan Kardec Duailibe, está empenhada no fortalecimento do uso do nome etanol no país. Entretanto, ele discorda das criticas veiculadas na imprensa internacional que apontam o produto como causa do efeito estufa, em virtude do desmatamento na Amazônia para o plantio da cana. “Ao contrário, o etanol faz a captura do carbono”, rebateu.


 


Entre outras autoridades, prestigiaram o evento Alcides Amazonas, do escritório da ANP em São Paulo, Alisio Vaz, vice-presidente do Sindicom, Edmário Oliveira Machado, diretor da BR e representantes do sindicato paulista dos frentistas.


 


 


O primeiro do país


O posto Pit Stop, de bandeira Esso, instalado em Ribeirão Preto (SP), foi o primeiro do país a ter oficialmente o nome etanol para identificar nas bombas o combustível. O posto foi escolhido porque a cidade é pólo da principal região produtora de etanol no mundo e também porque a distribuidora Esso pertence ao Grupo Cosan, maior conglomerado produtor do combustível renovável do país.