por Cristiane Collich Sampaio


 


A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) vem se esforçando para solucionar os problemas com o B5, verificados após a mistura ter se tornado obrigatória, no início deste ano. Em junho, foram criados três grupos de trabalho, coordenados pelas superintendências da agência e compostos por integrantes de todos os setores envolvidos. Seu objetivo é aperfeiçoar as normas de armazenagem, transporte e qualidade do biodiesel.


Cada grupo tem uma tarefa específica. O Grupo 1 busca aprimorar a logística de transporte rodoviário, mediante a análise da frota e a determinação de padrões operacionais no transporte do diesel, biodiesel e das misturas, do produtor até o consumidor final, com foco na garantia das especificações do combustível.


Já no Grupo 2 o trabalho está igualmente voltado para o aperfeiçoamento da logística, mas em outro campo. A ele caberá a definição de padrões operacionais na armazenagem do diesel, biodiesel e das misturas em tanques aéreos e subterrâneos. Aqui, também, o principal intuito é garantir as especificações do produto, principalmente em relação a eventos ocasionais como: contaminação por água; baixa temperatura ambiente; incompatibilidade com metais de equipamentos de manuseio e filtros; e formação de extratos e de resíduos nos tanques.


O Grupo 3, por sua vez, se concentra na garantia das especificações da mistura. Ele se detém na reavaliação, com normatização, dos procedimentos realizados pelos agentes econômicos para a garantia dos padrões de qualidade do diesel, biodiesel e das misturas.


 


Envolvidos estão representados


 


Todos os grupos têm a participação de técnicos da ANP e de representantes dos produtores de diesel e de biodiesel, das distribuidoras, dos TRRs e da revenda, entre os quais, o Sincopetro. Parte deles também conta com a presença da Associação Brasileira da Indústria de Equipamentos para Postos de Serviços (Abieps) e da Copape Terminais e Armazéns Gerais.


Além desses três núcleos de trabalho coordenados pela ANP, há outro, na Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que está efetuando a revisão das normas técnicas referentes ao biodiesel e a suas misturas com o diesel.