por Cristiane Collich Sampaio
Já está disponível no site da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) www.anp.gov.br , o novo manual de Orientações e procedimentos de manuseio e armazenagem de óleo diesel B. O guia, como passou a ser conhecido, foi desenvolvido pela Superintendência de Biocombustíveis e de Qualidade de Produtos da agência (SBQ/ANP), com a colaboração de representantes do Governo Federal, do meio acadêmico e do mercado, como o Sincopetro e o sindicato nacional das distribuidoras (Sindicom).
O chamado diesel B nada mais é do que a mistura de 5% de biodiesel no diesel comercializado em todo o território nacional, que se tornou obrigatória em 1º de janeiro deste ano.
Apesar de a mistura ter sido longamente testada antes de se tornar obrigatória, a prática mostrou que ela é mais sensível à contaminação e à degradação do que o diesel puro, quando alguns cuidados na armazenagem e no manuseio deixam de ser observados em qualquer dos elos da cadeia de produção ou comercialização.
Adoção voluntária
A elaboração desse guia teve início no dia 9 de julho, com a realização de um seminário, no Rio de Janeiro (RJ), que teve como meta principal o intercâmbio de informações entre os diversos agentes envolvidos na produção, distribuição e revenda de combustíveis, e também representantes do Governo e de universidades.
Com base nesse debate, a superintendência preparou e divulgou em seu site uma versão preliminar do guia que, até 31 de agosto, recebeu diversas contribuições do mercado e de instituições, dando origem a esse novo documento. No entanto, o presente guia não é uma obra acabada, já que a própria ANP estimula a procura contínua das melhores práticas em relação a esse jovem combustível. E, nesse sentido, no final de setembro, a agência iniciou no Paraná a coleta de amostras de B100 junto a produtores e de B5 nas instalações de distribuidoras, postos, TRRs, transportadoras e outros agentes, para avaliar a qualidade do produto. Em seguida, São Paulo será o foco de coleta. De acordo com informações do mercado, até dezembro o trabalho de análise desses resultados deverá estar concluído.
Vale, ainda, destacar que no texto disponível no portal da agência, esta ressalta que a adoção das orientações presentes neste folheto possui caráter voluntário e não será alvo de ações de fiscalização da ANP.