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    por Márcia Alves

Impasse na compra
da Ale pela Ipiranga


Parecer do Cade indica a possibilidade de concentração de mercado

 

Ainda está pendente no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) a aprovação da compra da distribuidora Ale pela Ipiranga, do grupo Ultra. O negócio de R$ 2,17 bilhões, iniciado no meio do ano passado, envolve a transferência do controle de 2 mil postos da Ale, quarta maior distribuidora do país, em 22 estados.


De acordo com parecer do Conselho, publicado no início de fevereiro no Diário Oficial da União, a operação entre as distribuidoras poderia aumentar a concentração no mercado de combustíveis e resultar na elevação de preços. O órgão justifica que haveria “aumento do poder de mercado da Ipiranga e maior possibilidade de atuação coordenada das empresas do setor”, que é liderado por quatro companhias (BR Distribuidora, Ipiranga, Shell e Ale).


Agora, caberá ao Tribunal do Cade analisar o negócio entre as distribuidoras e decidir sobre a aprovação,reprovação ou adoção de eventuais “remédios” para sanar os problemas identificados. O prazo legal para a decisão final do Cade é de 240 dias, contados a partir de 19 de setembro, data em que foi notificado o ato de concentração. Esse prazo ainda poderá ser prorrogado por mais 90 dias.