Por Denise de Almeida


 


  



Cem Anos de Solidão


Gabriel Garcia Márquez


 


Um comboio carregado de cadáveres. Uma população inteira que perde a memória. Mulheres que se trancam por décadas numa casa escura. Homens que arrastam atrás de si um cortejo de borboletas amarelas.


São esses alguns dos elementos que compõem o exuberante universo deste romance, no qual se narra a mítica história da cidade de Macondo e de seus inesquecíveis habitantes.


Lançado em 1967, Cem Anos de Solidão é tido, por consenso, como uma das obras-primas da literatura latino-americana moderna. O livro logo tornou o colombiano Gabriel García Márquez (1928) uma celebridade mundial; quinze anos depois, em 1982, ele receberia o Prêmio Nobel de Literatura.


Aqui o leitor acompanhará as vicissitudes da numerosa descendência da família Buendía ao longo de várias gerações. Revoluções e fantasmas, incesto, corrupção e loucura, tudo tratado com naturalidade. A história começa quando as coisas não tinham nome e vai até a chegada do telefone.


 



Capitães de Areia


Jorge Amado


 


Publicado em 1937, pouco depois de implantado o Estado Novo, este livro teve a primeira edição apreendida e exemplares queimados em praça pública de Salvador por autoridades da ditadura. Em 1940, marcou época na vida literária brasileira, com nova edição, e a partir daí, sucederam-se as edições nacionais e em idiomas estrangeiros. A obra teve também adaptações para o rádio, teatro e cinema. Documento sobre a vida dos meninos abandonados nas ruas de Salvador, Jorge Amado a descreve em páginas carregadas de beleza, dramaticidade e lirismo.


 



Moby Dick


Herman Melville


 


Moby Dick é um cachalote enfurecido, de cor branca, que havendo sido ferido várias vezes por baleeiros, conseguiu destruí-los todos. Originalmente publicado em três fascículos em Londres, em 1851, e ainda no mesmo ano em Nova York em edição integral, o livro foi revolucionário para a época. Com a propriedade de um escritor que viveu em barcos baleeiros, a obra traz descrições intricadas e imaginativas das aventuras do narrador, Ismael, suas reflexões pessoais, e grandes trechos de não-ficção, sobre variados assuntos, como baleias, métodos de caça às mesmas, arpões, detalhes sobre as embarcações e funcionamentos, armazenamento de produtos extraídos das baleias.


Em abril deste ano, a edição mais completa da obra chegou ao Brasil pelas mãos da tradutora Irene Hirsch. Com 656 páginas, é a primeira a reproduzir a edição crítica da Northwestern-Newberry (2001), que incorporou trechos e notas dos originais de Melville, negligenciados desde a primeira versão. O lançamento ganha importância já que, aqui, a obra foi popularizada, sobretudo em versões resumidas.