Por Denise de Almeida


 


A adequação ambiental em postos de combustíveis, se, por um lado, trouxe uma série de exigências visando a preservação ao meio ambiente, por outro, tem servido para evitar prejuízos ainda maiores para os revendedores que, antes disso, nem tomavam conhecimento de possíveis contaminações do lençol freático e muito menos perdas de produto por vazamento.


Com as obrigatoriedades impostas pela Resolução Conama 273/00, contudo, aconteceu uma verdadeira revolução no mercado de equipamentos e, atualmente, existem no país vários fabricantes de produtos que monitoram e detectam possíveis vazamentos. Sua instalação é obrigatória e deve seguir a norma ABNT NBR 13784, que exige a instalação de sistemas para detecção de vazamento nos tanques (inclusive o de óleo usado), nas bombas de abastecimento e filtros de diesel.


Conforme explica José Carlos Medeiros, engenheiro que mantém plantão semanal no Sincopetro, a partir de uma central, normalmente instalada no escritório/loja de conveniência e ligada a sensores (detectores de líquidos) colocados nos tanques, sump(ASPAS)s de bombas e filtros de diesel, é possível monitorar a presença de quaisquer líquidos nos equipamentos, seja por derramamento de combustível ou por infiltração de água de chuva, por exemplo. Diante de qualquer irregularidade, um alarme sonoro e/ou luminoso é disparado.


No caso dos tanques, a instalação do equipamento só é possível naqueles que possuem interstício, ou seja, tanques de parede dupla. O engenheiro esclarece que, em São Paulo, os postos que têm sido convocados apenas para se adequarem minimamente às novas exigências ambientais – e que, portanto, ainda não terão que fazer a troca dos tanques – estão dispensados de instalar sistemas de monitoramento nos tanques (desde que estes não possuam interstício). "Porém", frisa, "estão obrigados a instalar o equipamento nos sump(ASPAS)s das bombas de abastecimento e nos filtros de diesel".


 


Manutenção Preventiva


 


Em quaisquer situações Medeiros recomenda que a instalação seja feita por empresa devidamente credenciada pelo fabricante, que a central fique em local de fácil visualização e que os funcionários do posto sejam devidamente treinados para o atendimento de eventuais alarmes. Ele ainda destaca que, “periodicamente, devem ser feitos testes de funcionamento do equipamento e manutenção preventiva”.


Da mesma opinião, partilha Laércio Lopes, gerente de desenvolvimento de negócios da OPW Brasil, empresa fabricante, entre outros, de sistemas de gerenciamento de combustíveis. Laércio lembra que não basta que o revendedor cumpra a legislação apenas instalando o equipamento. É preciso estar atento também ao seu correto funcionamento. Caso contrário, a prevenção terá sido em vão e o estabelecimento continuará exposto aos riscos de prejuízo por perda, contaminação e até pelo aspecto da segurança.


Como fabricante, Laércio aconselha que, para que o equipamento fique operante ao longo dos anos, é importante que o revendedor estabeleça também um contrato de manutenção, prevendo visita preventiva programada e corretiva, caso o sistema apresente defeito. Os preços, segundo afirma, variam de acordo com a localização do posto e número de equipamentos instalados, “mas um posto básico estaria pagando algo em torno de R$ 200 por mês”, calcula.