por Denise de Almeida


 


Apenas três meses depois de comprar a rede de 130 postos da Polipetro, no Paraná e Santa Catarina, a Ale Combustíveis anunciou também a compra das atividades de distribuição dos 327 postos de serviços da multinacional Repsol YPF. O negócio custou R$ 130 milhões aos cofres da empresa mineira, inclui uma distribuidora de asfalto e eleva sua participação no mercado para 4,6%, com uma rede de 1,7 mil postos sob a sua bandeira em 22 estados e no Distrito Federal, mas mantém sua posição de quinta maior distribuidora do país.


A aquisição também marca a entrada da marca Ale no Rio Grande do Sul, onde a Repsol mantém 20 postos. “Serão as primeiras revendas com a nossa bandeira no estado e pretendemos chegar a 85 até 2012”, diz o presidente da empresa, Marcelo Alecrim. O negócio também é representativo em São Paulo, onde a rede Ale passará dos atuais 120 para 220 postos, e no Rio de Janeiro, cujo número de unidades com a bandeira mineira saltará de 80 para 140. Outro ponto positivo da aquisição é que a Ale irá acrescentar 25 lojas à rede de conveniência Entreposto.


A expectativa é que até o final de 2010, os 327 postos de serviços da multinacional presentes em sete estados brasileiros passem a ter a marca Ale. Para tanto, serão feitos investimentos da ordem de R$ 250 milhões nos próximos cinco anos em logística, frota e tecnologia da informação.


“Essa aquisição representa um marco na história da Ale e também para o setor, que passa por um forte processo de consolidação”, afirma Alecrim. A concretização do negócio também acelera os planos da Ale de atingir, dentro de três anos, faturamento de R$ 8,1 bilhões e uma rede com 2,5 mil postos.


Segundo informou seu vice-presidente, Jucelino Sousa, dentro de outros 90 dias, quando a aquisição da Repsol for considerada digerida, a Ale pretende voltar às compras e deve assediar outras pequenas distribuidoras regionais. "Em nossa atividade, a escala do negócio é fundamental e as empresas menores acabarão sendo incorporadas pelas maiores", declarou.


A Ale Combustíveis é produto da uma fusão realizada em 2006 entre a Ale, que era uma empresa mineira do grupo Asamar, com a Sat, que pertencia ao empresário potiguar Marcelo Alecrim em associação com o fundo de investimentos norte-americano Darby Investments Overseas.


À sua frente estão a Petrobras (BR), com 32%, a Ipiranga, com 22%, a Shell com 13% e a Esso com 7%, segundo informações do mercado. A empresa informa que fechará 2008 com faturamento de R$ 6,2 bilhões.