por Denise de Almeida

A partir de abril, Alísio Vaz assumirá o cargo de presidente executivo do Sindicato da Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes (Sindicom), substituindo Leonardo Gadotti Filho, da Cosan Combustíveis e Lubrificantes.  

Ocupando a vice-presidência da entidade nos últimos sete anos, cargo que acumulava com o de Relações Externas da Cia. Ipiranga, ele agora deve se dedicar em tempo integral à nova função, num modelo de gestão inédito para o Sindicom, que sempre teve seus executivos divididos entre o trabalho na entidade e suas respectivas distribuidoras.  

Atuando na área desde 1986, Alísio se consolidou como a figura forte do Sindicom e, desde a década de 90, marcou presença em praticamente todos os momentos importantes para o setor.  “Seja na luta contra a indústria de liminares, na criação da Cide, na CPI dos combustíveis ou na incessante batalha contra sonegação e adulteração, o Alísio sempre esteve presente, ouvindo nossas reivindicações ou reivindicando conosco, quando os objetivos eram comuns”,  lembra o presidente do Sincopetro, José Alberto Paiva Gouveia.  

Alísio assume o cargo máximo do Sindicom em um momento bastante positivo.  De acordo com dados da própria entidade, em 2010, o mercado de distribuição de combustíveis superou os índices projetados de crescimento econômico, com uma variação de quase 9,5% em relação a 2009.   

As empresas associadas ao sindicato  –  AirBP, Ale, Castrol, Chevron, Cosan, Ipiranga, Petrobras Distribuidora, Petronas Lubrificantes, Repsol, Total e Shell  –  também apresentaram desempenho semelhante projetando um volume de vendas de 84,2 bilhões de litros, o equivalente a quase 78% do mercado brasileiro, com um faturamento de R$ 214 bilhões.

Contudo, o setor continua afetado pela sonegação e inadimplência no pagamento de tributos, especialmente com relação ao etanol.  Por isso, entre as principais ações da entidade já anunciadas pelo novo presidente está o combate ao mercado ilegal do combustível.