por Denise de Almeida

O fim da exclusividade entre Visa e Cielo, em julho passado, que já trouxe para o mercado de cartões o Santander em parceria com a GetNet, acabou atraindo também a Credicard, empresa do Citigroup. No segundo semestre de 2011, a Credicard volta ao páreo por meio de uma joint venture com a empresa americana Elavon, uma das líderes no segmento conhecido como adquirência (área que faz a comunicação das transações com cartões de crédito e débito entre o estabelecimento e a bandeira), com a meta de abocanhar 15% do mercado até o final de 2015.  

Segundo as previsões da Confederação Nacional dos Lojistas (CNDL), o maior número de concorrentes no mercado de cartões, além da redução de custos de acessibilidade, com a integração das máquinas de POS, “vai resultar também na redução das taxas e menor prazo de pagamento das vendas efetuadas pelos lojistas”, afirma Roque Pellizzaro Jr, presidente da entidade.  

Pellizzaro ressalta, inclusive, que a próxima empresa a chegar ao Brasil deve ser a Global Payments, que está procurando parcerias, com possibilidade de fechar acordo com o HSBC. “Por isso, reforçamos aos lojistas a importância de negociar taxas mais baixas e evitar fidelidades longas”, aconselha.  

Aliás, segundo balanços do terceiro trimestre de 2010, a taxa média cobrada dos varejistas nas operações de cartão de crédito caiu em um ano de 1,46% para 1,33% na Redecard e de 1,50% para 1,46% na Cielo. Já o aluguel médio das máquinas recuou de R$ 66,60 para R$ 63,24 na Redecard e de R$ 63,12 para R$ 59,49 na Cielo, entre o segundo e terceiros trimestre do ano passado.