Por Denise de Almeida
Desde o final de agosto, 65 postos da rede Petrobras no Rio de Janeiro estão operando com máquinas de cartões (POS) da própria companhia. O projeto, inédito no segmento de distribuição de combustíveis, é resultado de uma parceria com a CTF, Cielo e First Data e, na prática, consiste em um sistema de gestão própria de adquirência de cartões, que envolve a operação de cartões de várias bandeiras, tanto de crédito quanto de débito.
Considerando que, toda vez que um consumidor realiza uma compra com esses cartões, o posto paga taxas entre 1,9% a 3% do valor para as empresas adquirentes aquelas que gerenciam o sistema operacional , com a entrada da rede de adquirência da BR, os postos sob sua bandeira terão uma redução nas taxas médias que incidem sobre essas compras, segundo a companhia.
Neste caso, as taxas irão variar de acordo com as metas de volume comercializado por cada revendedor, explica o gerente de marketing e fidelização da rede de postos da BR, Luciano Kielmanowicz. A distribuidora diz que vai estudar caso a caso e deve levar em consideração, inclusive, se o posto é ou não participante do programa de marketing da companhia.
Os postos que aderirem ao sistema receberão duas máquinas (POS) sem custo de aluguel (a partir da terceira, terão de pagar) e poderão negociar um desconto na taxa de antecipação, diretamente com a BR, quando quiserem receber antes do vencimento.
Pelo padrão atual, o revendedor já recebe o ressarcimento dos valores em até 30 dias da data da compra através de cartões de crédito. Com o projeto, o que muda nesse sentido é que o revendedor contará com um sistema automatizado de programação das antecipações desses valores, revela Kielmanowicz.
A expectativa é que, até novembro, todos os 7 mil postos da distribuidora possam ter aderido ao sistema. Segundo a BR, a ideia é que, no futuro, outras ações de marketing realizadas pela companhia passem a ser realizadas em um mesmo equipamento de POS, integrando e simplificando todo o processo.
O serviço também será estendido para a rede de revendedores da Liquigás, que passarão a vender o botijão de gás hoje comercializado somente em dinheiro e à vista por meio do cartão de crédito.