por Denise de Almeida

Segundo declarações de Leonardo Gadotti Filho, vice-presidente de logística, distribuição e trading do grupo, o foco da companhia é melhorar sua eficiência nas regiões Norte e Nordeste, sobretudo na Bacia Amazônica, com a substituição de caminhões por trilhos e cabotagem, e, no futuro, ter uma integração maior com hidrovia.

Segundo Gadotti, a atual infraestrutura para o escoamento de combustíveis no país é ineficiente e a Raízen quer mudar esse cenário. Para tal, os planos da empresa compreendem a região dos estados de Maranhão, Piauí e Tocantins – onde a fronteira agrícola para cana-de-açúcar começou a ser explorada e se consolida como importante atividade de negócios –, e incluem um terminal dedicado a etanol na região Nordeste.

A companhia está igualmente olhando oportunidades de expansão de transporte de combustíveis em locais onde a Petrobras está planejando novas refinarias, por exemplo, nos portos de Suape (PE), Pecém (CE) e Macabeira (MA), além de explorar o transporte fluvial.

O programa de modernização e ampliação de seus 53 terminais teve início no ano passado, quando o grupo reativou quatro pontos de distribuição na região Centro-Oeste, apostando na maior demanda nas regiões de Cuiabá, Alto Taquari e Rondonópolis, no Mato Grosso, e Campo Grande, no Mato Grosso do Sul.

Para agora, a empresa quer criar novos modais, substituindo os caminhões por vagões e balsas. Hoje uma pequena parte do combustível da Raízen sobe para o Norte para atender a Bacia Amazônica via barcaças. "Inauguramos a rota de cabotagem entre Santos e Belém. O mercado não fazia isso. Era tudo caminhão", disse Gadotti.