Denise de Almeida

Mesmo com o uso disseminado dos cartões de débito e crédito para pagamento de despesas, o cheque ainda é uma das formas de pagamento mais utilizadas pelo consumidor. De acordo com Gilberto Pernassi, gerente de relacionamento da Associação Comercial de São Paulo, tal fato ocorre devido a facilidade de utilização e baixo custo do cheque.
Os postos de combustíveis, que sempre lideraram o ranking de recebimento de cheques de baixo valor devolvidos por falta de fundos, estão agora mais atentos ao cliente que quer pagar com cheque. O revendedor Luiz Okabe, do Auto Posto Sombra da Paineira, do bairro de São Miguel, zona leste da capital paulista, recebe cheques só de clientes cadastrados. Ele não possui qualquer faixa indicativa ao consumidor, mas orienta seus funcionários a perguntar a forma de pagamento, caso o cliente não seja habitual.
O mesmo procedimento vale para Ana Paula Vieira, do Auto Posto Torre, localizado no badalado bairro de Vila Madalena, zona oeste da capital paulista. Ela explica que, além do seu estabelecimento ostentar um comunicado sobre o recebimento de cheques, os frentistas são orientados a perguntar a forma de pagamento antes de abastecer o veículo de consumidor desconhecido. “Caso seja em cheque, prefiro recusar e perder a venda”, afirma.
Quanto ao volume de cheques devolvidos, em ambos os estabelecimentos ele é muito pequeno. “Só mesmo daqueles clientes conhecidos que abastecem o mês inteiro com pré-datados”, afirma Luiz. “Estes, inclusive, não adianta nem protestar”, lamenta, “pois são clientes que, por um motivo qualquer, perderam o crédito e que acabam sumindo de vez”.
A diminuição dos cheques devolvidos nesses postos também está no aumento do volume de pagamentos por meio de cartões de crédito e débito. No posto de Ana Paula, as vendas em cartão representam 40%, contra apenas 15% de recebimento em cheques. E no posto de Luiz Okabe, os cartões lideram as vendas, seguidos por pagamento em dinheiro, com os cheques ocupando a última posição.
Outras fraudes
Ainda assim, Gilberto Pernassi, da Associação Comercial, alerta para outros tipos de fraudes. Além de se assegurar de que o cheque foi corretamente preenchido, conferir foto, assinatura e documento, e, consultar uma das centrais de proteção aos cheques, ele dá algumas dicas de segurança:

• Confira os dados da parte superior e inferior do cheque em barras CMC7 - código do banco e da agência no primeiro campo; código da compensação (Comp) e número do cheque no segundo campo; e número da conta no terceiro campo;
• Há falsificações em que partes adulteradas são coladas no cheque, mas que podem ser percebidas colocando-se o cheque contra a luz, pelo tato ou dobrando-o de forma arredondada e movimentando as laterais para cima e para baixo;
• A colagem também pode ser percebida pela interrupção ou descontinuidade da linha vertical de segurança, na forma de “serpentina”, com o nome do banco impresso em letras pequenas nas folhas de cheques, em posições que se alteram a cada folha;
• Repare nos pequenos detalhes impressos que dificilmente podem ser reproduzidos por copiadoras;
• Se desconfiar, peça ao emitente que assine também no verso do cheque e compare as assinaturas;
• Não aceite cheques rasurados nem previamente assinados e preenchidos;
• Cheque amarelado ou envelhecido pode ser de conta inativa ou encerrada;
• Cheques pré-datados são concessão de crédito, e, portanto, exigem mais informações sobre o emitente;
• Explique sempre que os procedimentos adotados têm por objetivo proteger pessoas honestas como o seu cliente e evitam a circulação de cheques roubados e falsificados.
denise.jornalista@terra.com.br

Sindicato de São Paulo conta com sistema instantâneo de consultas a cheques
O programa de consultas a cheques do Sincopetro é o mais completo do setor e está capacitado para processar 1,5 mil consultas por segundo.
Os revendedores paulistas, ao se associarem ao Sincopetro, desfrutam de mais um benefício exclusivo: o Sincocheck, um programa de consulta a cheques criado especificamente para revendedores de combustíveis que, além de consultar cheques, fornece informações sobre números de telefones, procedência de automóveis e CPF/CNPJ.
O sistema recebe cerca de 300 mil consultas mensais, funciona 24 horas, e seu banco de dados é atualizado on-line.
Para desfrutar desse serviço, o revendedor paga apenas os custos referentes às consultas, sem nenhum outro ônus.
Para obter informações, entre em contato com o Sincopetro: (11) 2109-0600.