por Márcia Alves


 


Instalado numa das avenidas mais movimentadas do bairro Padre Eustáquio, em Belo Horizonte, capital mineira, o posto Paranaíba tinha tudo para ser rentável. Mas, apesar da qualidade dos produtos e do atendimento, seu proprietário, Henrique Araujo Furtado Oliveira, custou a admitir que precisava de uma nova fonte de receita para enfrentar a forte concorrência da região.  Nos primeiros quatro anos de funcionamento, ele viu a lucratividade do estabelecimento minguar na mesma proporção em que aumentava a guerra de preços praticada na vizinhança.


Naquela época, Oliveira ainda não havia se dado conta de que a troca de óleo do posto poderia se transformar numa rica fonte de receita. Até então, o máximo que o estabelecimento oferecia era a complementação do óleo lubrificante na própria pista, obtendo não mais de R$ 2 mil por mês. Descobriu isso no início de 2005, quando, sob a orientação da Inforlub, empresa especializada em sistemas informatizados para troca de óleo, decidiu investir num bem-equipado centro de troca de óleo em um espaço do estacionamento. Também inovou com a troca de óleo delivery, que realiza o serviço no endereço do cliente.


A Inforlub lhe assessorou, ainda, na capacitação e treinamento dos funcionários, no uso de ferramentas digitais e até na divulgação do serviço, por meio de campanhas e promoções. Ao final de um ano, Oliveira não poderia esperar resultado melhor, o faturamento mensal da troca de óleo atingiu R$ 30 mil. Com esse diferencial, o dono do Paranaíba diz que conseguiu atrair mais clientes e elevar em cerca de 50% o volume vendas de combustíveis. Hoje, o posto é um dos mais bem sucedidos da capital, com a marca de 800 mil litros de combustíveis comercializados por mês.



O lucro na ponta do lápis


Assim como fez o Paranaíba, outros postos também podem elevar em até 50% sua lucratividade, sem ter de aumentar o preço dos combustíveis, segundo Marcelo Bretas, diretor comercial da Inforlub. Ele afirma que para lucrar R$ 8 mil mensais com a troca de óleo, basta que o posto fature R$ 15 mil com o serviço, investindo não mais do que R$ 10 mil na manutenção de estoques de óleos lubrificantes. Para esse resultado, Bretas calculou um tíquete médio de R$ 80,00 (considerando a troca de 4 litros de óleo semi-sintético por cliente ao custo de R$ 15,00 por litro e mais a troca do filtro de óleo por R$ 20,00), com margem de rentabilidade de mais de 50%. “Com 187 trocas por mês ou apenas seis por dia o posto consegue esse retorno”, ele garante.