por Márcia Alves


 



Administrar um posto de combustíveis na atualidade é um desafio e tanto para os revendedores, ainda mais porque o negócio também tem de ser lucrativo. Porém, a tecnologia pode tornar essa tarefa menos árdua, além de garantir outros benefícios. A partir desta edição, a revista Posto de Observação apresentará uma seqüência de matérias com as novas tecnologias disponíveis para postos. O consultor em informática, Luiz Wanderley Martins, da BNT Automação Comercial, empresa que desenvolve soluções de automação para postos, será a fonte dessas reportagens.


 


Como ponto de partida, Wanderley indicou a apresentação de tecnologias que auxiliam o posto no atendimento aos clientes, entre os quais produtos, sistemas e serviços que agilizam as atividades na pista, na loja de conveniência e na troca de óleo. “O tema é amplo e ao longo das edições da revista, o revendedor poderá conhecer essas tecnologias e optar por adquiri-las, aos poucos, de acordo com os seus recursos”, analisa.


 


Na pista de abastecimento


 


Automação de bombas


Os preços dos consoles concentradores de bombas, que há 10 anos chegavam a custar até R$ 20 mil, atualmente, hoje, não saem por mais de R$ 5 ou R$ 8 mil. Os dados relativos aos abastecimentos, tais como identificação do bico do combustível; quantidade abastecida; valor da venda; captura de encerrantes; travamento e/ou liberação de bombas; etc; são automaticamente apresentados na tela de vendas dos caixas em operação nos pontos-de-venda (PDV), por meio de sistema gerencial específico.


 


A utilização do console, além de proporcionar agilidade e total segurança à operação de venda, evita possíveis fraudes, pois o cupom fiscal corresponde especificamente ao valor do abastecimento. Isso elimina o "jeitinho", de se incluir no valor da venda um ou mais produtos para consumo próprio do motorista ou, ainda, de se omitir vendas realizadas e o conseqüente "sumiço" de parte do numerário do turno de serviço.


 


Diferentemente do processo manual – que está sujeito à leitura incorreta da numeração por parte do frentista – a captura automática de encerrantes por meio do console concentrador facilita o processo realizado na retaguarda. Além disso, permite que a emissão do mapa do LMC seja feita no próprio posto.


 


Terminal de PDV


No terminal PDV, o uso de impressora fiscal térmica (ECF MFD), mais do que apenas contemplar uma exigência do fisco estadual, acelera o atendimento aos clientes. A emissão de cupons é rápida, sobretudo quando integrada ao processamento de meios de pagamento com cartões de crédito/débito (TEF via ECF).


 


Por meio do ECF MFD também é possível emitir o cupom denominado de "termo de confissão de débito". Trata-se de cupom vinculado ao cupom fiscal de venda, específico para os correntistas do posto (fiado). Diferentemente dos antigos ECFs matriciais, as impressoras térmicas utilizam bobina de apenas uma via na emissão do cupom fiscal


 


O ECF térmico armazena em sua memória fiscal todos os dados dos cupons emitidos, que podem ser consultados em qualquer tempo, bastando informar o intervalo de data ou de cupons que se queira visualizar. Esse é o motivo pelo qual essa nova tecnologia dispensa o armazenamento das cópias impressas dos cupons pelo período de cinco anos.


 


Leitor de código de barras


O uso de leitores de código de barras também agiliza as operações no PDV, pois elimina eventuais erros de digitação de código dos itens vendidos. Além disso, como a maioria dos produtos possui codificação dos respectivos fabricantes, facilitada o registro da entrada dos produtos nas operações da retaguarda.


 


O leitor de código de barras pode, ainda, ser utilizado para a leitura de cartões de identificação de clientes correntistas (ou cartão fidelidade). Essa função evita que as compras realizadas por determinado cliente sejam incorretamente vinculadas a um outro cliente, caso o operador do PDV erre ao digitar o código durante a operação de venda.


 


Leitor de código CMC7


A utilização de leitor de código CMC7 agiliza a captura dos dados existentes nos cheques, podendo ser utilizado especificamente para essa finalidade ou agregado a outros produtos, como leitor de código de barras, teclado padrão PC e impressora de cheques. Aliás, a impressora de cheques também agiliza o atendimento ao cliente, pois permite o correto preenchimento de cheques e, em alguns casos, a consulta ao CPF ou CNPJ do emitente e informando dados complementares, como telefone corresponde ao endereço do portador. Os coletores de dados podem, ainda, funcionar integrados ao leitor de código de barras, facilitando a contagem de estoque e a identificação de produtos, o que por sua vez agiliza a reposição de produtos e o controle de estoque do posto.


 


Estações de PDV


É recomendável que o posto opere ao menos com dois microcomputadores para as operações de caixa, considerando a realização das operações de transferência eletrônica de fundos (TEF). A legislação fiscal determina que os antigos terminais POS (geralmente um de cada administradora), têm de ser substituídos por solução TEF via PC composta, a qual necessita, entre outros itens, de teclado Pin Pad (equipamento no qual são transacionados os cartões de todas as operadoras), por meio de software aplicativo previamente homologado pelas bandeiras dos cartões. Para tal operação, existem atualmente no mercado três tipos de ambiente TEF disponíveis: TEF Discada, TEF IP e TEF Dedicada.