por Márcia Alves
Segundo o consultor em informática, Luiz Wanderley Martins, da BNT Automação Comercial, tão importante quanto investir em equipamentos para a automação do posto é escolher uma boa empresa que desenvolva softwares, conhecida como Software-House. Ele recomenda aos revendedores que consultem no mínimo duas empresas, optando por aquela que atue há mais tempo no mercado cinco anos, no mínimo, dentro do segmento de postos e que forneça atendimento pós-venda. Considerando que o preço não é o item determinante, Martins sugere que se obtenha referências de outros usuários do sistema, antes de adquiri-lo.
Além da consulta aos proprietários dos postos que já utilizem os sistemas, vale a pena também ouvir a opinião dos funcionários que operam os referidos programas, em relação ao desempenho do produto, bem como avaliar os serviços pós-venda, em relação ao tempo de resposta para o atendimento técnico e de resoluções de problemas e dúvidas. Ele acredita que, igualmente importante para obter resultados esperados e retorno sobre o investimento, é cuidar da preparação dos funcionários que utilizarão os sistemas.
Martins explica que, geralmente, as Software-House locam os programas, cujo contrato básico dá direito a atendimentos por tele-suporte; por suporte-remoto (Internet banda larga ADSL); e atendimento gratuito na sede da Software-House e no posto de combustíveis, com carga horária mensal previamente definida; além de acesso às novas versões dos sistemas. Há, inclusive, empresas que oferecem contrato estendido para atendimentos fora do horário comercial, por meio de plantão telefônico ou no próprio posto.
Por prevenção, ele aconselha verificar se os sistemas oferecidos têm cadastrado na Secretaria Estadual da Fazenda e, ainda, se possuem integração a módulos opcionais, tais como o Sintegra (exigido nacionalmente), ou a Nota Fiscal Paulista, apenas em São Paulo. Vale a pena também checar se o programa gerencial de ponto-de-venda (PDV) está homologado junto às administradoras de cartões para as transações de transferência eletrônica de fundos (TEF) via Emissor de Cupom Fiscal (ECF), conforme determina a legislação fiscal.
Outra dica do consultor é para que o revendedor opte por empresas que também atuem como revendedoras de equipamentos de informática, tipo ECF ou TEF, e de console concentrador de bombas. Facilita ter uma única empresa fornecedora de todos os produtos e serviços contratados pelo posto, afirma.
SOLUÇÕES TEF
Solução | TEF Discada (Egin, Bematech, Data Regis) | TEF IP (Pay-and-Go da Elgin) | TEF Dedicada (SiTef da Software Express) |
Custo médio | KIT TEF: R$ 2.000,00 ECF térmico: R$ 2.450,00 PC-PDV completo: R$ 2.500,00 Sistema PDV: R$ 1.280,00 | KIT TEF: R$ 2.000,00 ECF térmico: R$ 2.450,00 PDV completo: R$ 2.500,00 Sistema PDV: R$ 1.280,00 | Considerando-se a aquisição de todos os equipamentos necessários e a contratação de sistemas: R$ 16.000,00 |
Conectividade | Linha discada convencional. Entre outros custos, consome pulsos telefônicos a cada transação com cartões. | Misto de conectividades: Link Internet ADSL (banda larga) e GPRS (tipo celular). | Mais completo e mais rápido ambiente TEF do mercado, é utilizado por grandes redes de supermercados e magazines. Nos postos, serve tanto para a implantação em um único estabelecimento como em redes, integrando matriz e filiais nas operações TEF via ECF. |
Tempo de resposta | 45 segundos. | 8 segundos. | 4 a 6 segundos |
Composição da solução PDV | Microcomputador PC-PDV, impressora fiscal (preferen-cialmente ECF térmico MFD), software homologado para emissão de cupons fiscais e de cupons vinculados às transações TEF e, por fim, o KIT TEF Discada. | Microcomputador PC-PDV, impressora fiscal (preferen-cialmente ECF térmico MFD), software homologado para emissão de cupons fiscais e de cupons vinculados às transações TEF e, por fim, o KIT TEF IP. | Contratação de Link X.25; utilização de microcom-putador servidor TEF; roteador Cyclades; teclados pin pad; além da contratação de softwares homologados para operações TEF via ECF e da Solução SiTef, da Software Express. Nos custos acima citados, foram considerados dois terminais PDVs completos. |
Composição do KIT TEF | Teclado pin pad; software gerenciador padrão TEF Dial; e acesso ao suporte, cujo serviço é contratado pelo período de um ano. | Teclado pin pad e modem GPRS; programa TEF Dial; e acesso ao suporte da Elgin via linha 0800, em serviço contratado por 12 meses. | Não se trata de um KIT, mas sim da aquisição de equipamentos e contratação dos sistemas e serviços acima mencionados. |
Bandeiras de cartões atendidas | Visa, RedeCard e American Express, com o serviço opcional da TecBan (Cheque Eletrônico). | Somente Visa e RedeCard. | Todas as bandeiras de cartões de crédito e débito. |
Custo mensal | R$ 800,00, incluindo: a locação dos softwares e serviços vinculados ao programa gerencial do ponto-de-venda; taxa de conectividade das redes de cartões e pulsos telefônicos. | R$ 470,00, incluindo: a locação dos softwares e serviços relacionados ao programa gerencial do PDV e dos equipamentos e serviços vinculados ao Pay-and-Go. Um diferencial é a redução do valor da contratação e da mensalidade, a partir da segunda à quinta estação de ponto-de-venda. | R$ 1.100,00, incluindo: locação dos softwares e serviços vinculados ao programa gerencial do PDV e ao SiTef; e locação do Link X.25. |
Fonte: Luiz Wanderley Martins, da BNT Automação Comercial.
Conexão Wireless (Wi-Fi)
Essa tecnologia possibilita a conectividade sem fio no ambiente rede local, interligando as estações de PDV com os microcomputadores da retaguarda do posto. O sistema dispensa a passagem de cabos, quebra de pisos ou furos nas paredes. A adoção do Wi-Fi também viabiliza a mudança das posições do PDV a qualquer momento, possibilitando a elaboração de novos lay-outs. Porém, é necessária a contratação de empresa ou profissional especializado para a configuração desse ambiente, bem como dos microcomputadores conectados a um roteador e ao Access Point, equipamentos necessários ao funcionamento da rede local wireless (sem fio).