por Márcia Alves



Não se questiona a utilidade dos rastreadores na recuperação de veículos. Segundo dados do setor de seguros, o índice ultrapassa 80%. Entretanto, não é tarefa fácil escolher um tipo de rastreador entre as diversas marcas, modelos, soluções e operadoras existentes. Para esclarecer mais sobre o assunto, a PO procurou o Centro de Experimentação e Segurança Viária (Cesvi), que, entre outras atividades, realiza uma avaliação criteriosa dos equipamentos disponíveis no mercado e dos serviços prestados pelas empresas que os operam. A relação de empresas aprovadas pode ser conferida no site www.cesvibrasil.com.br.


Principais modelos



Localização: GPS – transmissão: GSM/GPRS


Mais de 90% dos rastreadores em uso no país atualmente utilizam a tecnologia GPS (Global Positioning System), sistema de localização por meio de satélite. O número de empresas que comercializam o equipamento também é grande, cerca de 400. Glauber Franco Rodrigues, coordenador técnico do Cesvi, empresa que atestou a qualidade de mais de metade dessas empresas, explica que o tamanho do mercado está relacionado à simplicidade tecnológica do sistema. “Basta conectar um navegador GPS a um celular e tem-se um rastreador”, resume. Entretanto, o que diferencia as empresas são a tradução dessas coordenadas geográficas em mapas digitalizados e a velocidade no tempo de resposta. Ou seja, a forma de localização, por meio de GSM (Global System for Mobile Communications) - em português, Sistema Global para Comunicação Móvel -, e a transmissão de dados por GPRS (General Packet Radio Service) – que é um serviço de comunicação sem fio.


 



Localização: GPS – transmissão: celular


Outro tipo de rastreador, que também funciona por GPS, realiza a transmissão de dados por celular. “É a mesma tecnologia que permite localizar uma pessoa em alto-mar”, explica Rodrigues.


 



Localização: GPS – transmissão: GSM/GPRS e celular


Uma terceira geração de rastreadores utiliza as duas tecnologias. São sistemas inteligentes que podem transmitir os dados por celular ou satélite. Caso o sinal de celular seja perdido durante o envio de dados, o equipamento alterna para a transmissão satelital. “Devido ao seu alto custo, esse sistema é mais utilizado para transporte de carga”, informa Rodrigues.


 



Localização: triangulação (antenas) – transmissão: radiofreqüência


Os rastreadores que usam antenas para a localização são classificados pelo Cesvi como localizadores, porque ao contrário dos demais, não informam o rastro do veículo, isto é, onde estavam no dia anterior, por exemplo. O sistema funciona por meio de triangulação sinais, com antenas instaladas nos pontos de cobertura, que direcionam as informações por rádiofreqüência. O coordenador do Cesvi explica que a vantagem é a localização precisa do veículo, mesmo que esteja em local coberto, condição em que o rastreador por GPS não funciona. No momento, apenas uma empresa opera nesse sistema, com cobertura restrita a São Paulo e Rio de Janeiro.


 



Localização: radiofreqüência – transmissão: radiofreqüência


O sistema por radiofreqüência é o mais simples, segundo Rodrigues. Ele explica que o equipamento é instalado dentro do veículo e transmite em tempo integral as coordenadas para as antenas espalhadas em locais determinados. Apenas uma empresa opera nesse sistema, cobrindo as regiões Sul, Sudeste e Nordeste. Mas, Rodrigues diz que o custo é alto. Além de a localização ser limitada a um raio não superior a 20 km de distância do veículo, a recuperação depende de uma ampla estrutura, que envolve uma equipe de apoio, com motos e veículos, que sai em perseguição ao automóvel roubado.