por Denise de Almeida

Imagine que você vai ao supermercado, e,  ao final das compras, ao invés de ter que retirar todos os produtos do carrinho para conferência,  um único ‘aparelho’ faz a leitura imediata dos itens e já informa o valor total da compra.  Essa é apenas uma das aplicações possíveis da tecnologia RFID  (em português, Identificação por Rádio Frequência), que aos poucos começa a ganhar força no país e abre um leque de possibilidades para as empresas que trabalham nos setores de atacado e varejo. 

 

Também em postos de combustíveis 

 

Nos postos de combustíveis, atualmente, a maior aplicação de RFID no Brasil é a identificação de clientes e frentistas diretamente nas bombas.  Através de um cartão pessoal que o frentista valida na bomba,  é possível registrar detalhes do abastecimento e também  dados do funcionário, permitindo que o revendedor avalie, por exemplo, sua produtividade.

A ideia, segundo Edgard de Castro, diretor da TKE Sistemas,  é oferecer flexibilidade ao sistema para um bom gerenciamento do posto,  mesmo à distância.  “Com base nisso, fica fácil acompanhar os fechamentos diários, fechamentos de contas de clientes, além de facilitar o controle de metas de vendas e planos de marketing”, exemplifica.  E o investimento, conforme esclarece, não é elevado.  “Para um posto com quatro bombas e  software compatível, a adaptação do equipamento gira em torno de R$ 3 mil”,  assegura.

Edgard ressalta também que esses controles não se restringem apenas à utilização nas bombas.  “Eles podem ser utilizados também em outros pontos do complexo,  tais como restaurantes, lojas, chuveiros e estacionamentos”.

 O técnico garante ainda que, em breve, a tecnologia também estará disponível ao cliente, que poderá ter, como já ocorre nos Estados Unidos, o seu próprio cartão de abastecimento.