por Denise de Almeida



Sabe aquele check list que fazemos antes de sair de casa?
Chave, carteira, celular?  Pois é. Parece
estar com os dias contados.  Pelo menos é
o que prometem as novas tecnologias desenvolvidas para smartphones,  que permitem que os aparelhos destranquem
portas de casa, abram portas de carros, paguem a passagem do ônibus e efetuem
pagamentos diversos via Internet. 



Ao que tudo indica,  muito
em breve,  você precisará apenas do seu
aparelho celular para ir ao banco, supermercado, balada ou para entrar e sair
de casa. 



As primeiras demonstrações de que os celulares passariam a
ser como uma carteira eletrônica surgiram no fim da década de 90. No Japão, os
passageiros pagavam o transporte público com seus celulares.  Na Finlândia,  a máquina de vender refrigerantes aceitava
pagamentos via mensagem de texto.  E,
hoje, o celular já é um produto de massa. Muito mais do que um telefone, é
bloco de notas,  aparelho de estéreo,
mapa, unidade de GPS, câmera, máquina de jogos, e,  ainda permite o pagamento de contas, além de
funcionar como chave.  Enfim, suas
aplicações crescem na medida em que cresce o número de aparelhos espalhados
pelo planeta.



Pagamentos



Apostando no filão do uso do celular como carteira estão as
gigantes do mundo tecnológico, como Apple, Facebook e Amazon.  E não é para menos.  De acordo com um estudo da consultoria Global
Industry Analysts,  o número de cartões
de débito em uso no mundo deve chegar a 5,3 bilhões em cinco anos.  E os pagamentos móveis devem movimentar 633
bilhões de dólares até a metade da década,  segundo estimativas do instituto de pesquisas
Generator Research.



Segundo declarações dessas empresas, a vantagem dos
celulares em relação aos cartões de crédito e débito é que,  além das informações financeiras, eles
armazenam a identidade do dono, seu histórico de compras e sua localização.  Por meio dos chips de comunicação de curta
distância, conhecidos como NFC,  o
aparelho pode armazenar, por exemplo, os dados de todos os cartões que seu dono
carrega na carteira, dos bancários aos de transporte público.



Embora um padrão para o uso do NFC  já exista há anos,  só agora a tecnologia começa a ganhar corpo.  E a intensa competição entre as grandes do
Vale do Silício pode acelerar o processo.

Fim das chaves 



Paralelamente, fabricantes de fechaduras e montadoras de
carros também já desenvolvem tecnologia para que os smartphones  destranquem portas de casa, escritório,
hotel, e abram portas de garagens e até de carros.  



Parecida com a tecnologia que permite que chaveiros
eletrônicos  destravem remotamente
automóveis ou chaves de cartão passadas em leitores eletrônicos na entrada dos
escritórios,  a novidade é que o  telefone envia um sinal via Internet e um conversor
o transmite à fechadura da porta  ou,
mais que isso,  controle de uma distância
de muitos quilômetros câmeras de segurança, luzes, ar condicionado e sistema de
aquecimento da casa.



Nos carros,  montadoras
como a Daimler-Benz, detentora da marca Mercedes,  e a General Motors também introduziram um
sistema em alguns de seus modelos, que permite que os clientes destravem as
portas de seus carros e acionem o motor remotamente.  Tudo pelo celular.