por Cristiane Collich Sampaio


 


Hoje Dubai é a maior cidade e o segundo maior dos Emirados Árabes Unidos (EAU) – ou, em inglês, United Arab Emirates (UAE). Trata-se de uma federação composta por sete emirados – Abu Dahbi, Ajman, Dubai Sharjah, Umm AI Qaiwain, Ras AI Khaimah e Fujairah –, na qual cada um tem suas próprias instituições governamentais, mas que obedecem a uma autoridade suprema para a sua formulação política.


Localizado no sudoeste da Ásia, o país está assentado em uma região cuja principal fonte econômica é o petróleo. Contudo, a maior parte dos recursos do emirado de Dubai Sharjah provém da zona franca Jebel Ali, enorme porto artificial que tem a maior zona de livre-câmbio da Arábia e onde está instalada uma sempre crescente lista de corporações internacionais.


Em 1970, a cidade de Dubai – que hoje é uma festa de shopping centers e hotéis, e que ficou famosa pelas suas obras megalômanas com forte apelo turístico – não passava de um ponto distante e arenoso. Atualmente, seu crescimento é vertiginoso. O turismo representa um terço de sua economia, tendo recebido, em 2006, mais de 6 milhões de visitantes, com estimativa para dobrar esse número até 2010.


Para atender a avalanche turística, Dubai está construindo um novo aeroporto internacional, planejado para ser o maior do mundo, com capacidade para receber 120 milhões de passageiros por ano.


Além deste, há pelo menos três outros grandes empreendimentos em construção e que têm chamado a atenção do mundo inteiro pelas suas proporções: as Palm Islands, o arquipélago The World e o edifício Burj Dubai.


 


Palm Islands


 


O arquipélago de Palm Islands é um audacioso projeto arquitetônico formado por três gigantescas ilhas artificiais em formato de palmeira, onde, em cada uma de suas ‘folhas’ enfileiram-se grandes zonas residenciais e incontáveis hotéis de luxo de até sete estrelas. A ilha de Jumeirah foi a primeira a ser construída. A segunda, Jebel Ali, está em construção, e, a terceira, Deira, também acompanhando o formato de uma palmeira, se encontra em fase de projeto.


 


The World


 


Também em construção está o arquipélago artificial The World, com o perfil do mapa-múndi. As ilhas que compõem o mapa estão sendo comercializadas junto a investidores internacionais por valores que variam entre US$ 6,2 e US$ 36,7 milhões de dólares, segundo estimativas não oficiais. A maior parte delas já foi comprada, inclusive a que representa a Etiópia, cujos proprietários são ninguém menos que Angelina Jolie e Brad Pitt, o famoso casal de atores de Hollywood que tem, entre seus filhos adotados, um menino etíope.


 


Burj Dubai


 


O Burj Dubai é um complexo de arranha-céus, cuja altura exata do edifício principal só será conhecida após a conclusão da construção, prevista para 2009. Acredita-se, todavia, que terá entre 800 e 850 metros de altura, tornando-o não somente o arranha-céu mais alto do mundo, mas a estrutura mais alta do mundo, ultrapassando o Taipei 101, localizado em Taiwan, e a KVLY-TV Tower, nos EUA.


Além do prédio principal, que terá seu interior decorado por Giorgio Armani e deve compreender um hotel nos primeiros 37 andares, apartamentos privados do 45º ao 108º e corporações e suítes nos andares restantes, o complexo Burj Dubai deverá incluir 30 mil residências, nove hotéis, seis acres de parque, 19 torres residenciais e doze hectares ao redor, numa área total de 2 milhões de metros quadrados.


 


Cidade do Ouro


 


Com ambição, audácia e uma série de megaprojetos, Dubai é um novo mundo em construção. Os turistas chegam aos borbotões de todas as partes do globo. Aliás, a população nativa de Dubai é minoritária, pois um número crescente de pessoas é trazido diariamente para alimentar o Projeto Dubai.


Enquanto isso, os guindastes elevam o horizonte: novos hotéis, áreas comerciais e residenciais parecem surgir da noite para o dia. Diz-se que 30% dos guindastes de edificação do planeta estão concentrados na cidade que, rapidamente, se transformou num verdadeiro elo cultural e econômico entre Ocidente e Oriente, e já começa a ser chamada de Cidade do Ouro. E não sem motivo.