por Denise de Almeida


 


No próximo dia 8 de agosto de 2008, exatamente às 20h08, o enorme relógio que faz a contagem regressiva para o início das Olimpíadas, instalado na Praça da Paz Celestial, em Pequim, será uma sucessão de zeros e a 29a. Olimpíada estará oficialmente aberta. Serão os primeiros Jogos Olímpicos já realizados em território chinês e um evento que, acredita-se, transcende a competição esportiva.


A expectativa é que mais de 500 mil turistas aportem na capital chinesa, para ver de perto 10 mil atletas competindo em 302 eventos de 28 modalidades esportivas.


Mas não só isso. O turista que optar por visitar Pequim vai encontrar uma cidade de mil anos de existência – a cidade é capital da China desde 1279 – que está sendo recriada sobre suas fundações antigas.


Como centro político, histórico e cultural da China, Pequim está muito distante da sofisticação e do glamour da capital econômica Xangai. Ainda assim, é uma capital apropriada para o país mais populoso do planeta.


Para acompanhar a modernidade, avenidas expressas são construídas acima de outras avenidas, linhas de trem são abertas acima de rodovias e cada novo arranha-céu parece diminuir seus arredores. Paralelamente, em meio ao caos, longe da classe média emergente ansiosa por modernidade, a grandiosidade imperial é o que há de mais aprazível aos olhos do turista.


Pequim é lar de muitos dos principais pontos turísticos da China. Além da famosa Praça da Paz Celestial, abriga a Cidade Proibida, o Templo do Céu, o Palácio de Verão, a Grande Muralha e um grande número de templos antigos, que revelam como o país pensava e cultuava há centenas de anos.


No sul de Pequim, um passeio pelas vielas tortuosas, com aparência inconfundivelmente chinesa, coletivamente conhecidas como hutongs, é a oportunidade para mergulhar no ambiente e casas de pessoas que fizeram a história imperial, política e literária deste país gigante. Uma incursão pelos mercados de pulgas da cidade – em especial o Panjiayan – também é muito agradável. Por ali, é possível ver pendurados os patos, famosos na gastronomia chinesa.


Em contrapartida, muitos dos melhores arquitetos do mundo foram autorizados a usar Pequim como prancheta e transformar a nova torre da CCTV, o estádio olímpico ‘Ninho dos Pássaros’ e a piscina ‘Cubo d’Água’ em alguns dos maiores feitos do início do século 21.


Essa mistura de dinamismo e antiguidade é que tem feito com que Pequim seja a cidade do momento. Se a década de 1980 foi de Hong Kong e os anos 1990, de Xangai, agora, é a hora e a vez de Pequim. Não perca!