Em São Paulo a preocupação com a preservação ambiental não é recente. Em 1890, com o objetivo de conservar os ecossistemas da Serra da Cantareira, na zona norte da capital, o governador Bernardino de Campos desapropriou várias fazendas existentes no local, entre as quais a Pedra Branca. Em 10 de fevereiro de 1886 ali foi instalado o Horto Botânico de São Paulo – atualmente denominado Parque Estadual Alberto Löfgren. Com 113 anos, o horto é a mais antiga unidade de conservação do Brasil.

Cobrindo uma área de 174 hectares, o parque possui lagos – com peixes, capivaras, garças e tartarugas –, bosques e matas – nos quais é possível avistar esquilos, macacos e uma infinidade de pássaros –, gramados, trilhas e espaços de lazer.

Cerejeiras, arte e cultura

A floração das cerejeiras marca o final dos rigores do inverno e o início da primavera no Japão, sendo comemorado pelo povo japonês, por meio de um ritual milenar, o hanam. No horto paulista as cerejeiras, vindas do Nepal, começam sua florada em julho e, para festejá-la, é realizado anualmente um festival. Em 2009, o V Festival das Cerejeiras se inicia no dia 12, com missa a São João Gualberto, protetor das florestas, seguida de apresentações culturais japonesas, além de mostras dessa culinária. O evento, que se encerra no dia 26, é promovido pelo Instituto Florestal da Secretaria do Meio Ambiente em parceria com associações culturais nipo-brasileiras.

As árvores estão no Arboreto 500 Anos, onde também é possível conhecer cerca de 50 espécies nativas, como o pinheiro do brejo, considerada símbolo da instituição.

O parque ainda abriga o Palácio do Horto Florestal, residência oficial de verão do governador do estado, aberto a visitação. Assim como a sede do governo e o Palácio Boa Vista, em Campos do Jordão (SP), ele integra o Acervo Artístico-Cultural dos Palácios do Governo, com exemplares de mobiliário, espécies vegetais raras e coleções de grande valor artístico.

Também vale a pena conhecer o Museu Florestal Otávio Vecchi, que possui o maior acervo de madeiras da América Latina, e o marco do Trópico de Capricórnio, que atravessa o parque.