O Complexo do Pantanal, ou simplesmente Pantanal, consiste numa área de 250 mil m2, situada entre o Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, além de englobar também o norte do Paraguai e o leste da Bolívia. Sua constituição geológica única é resultado da separação do oceano, há milhões de anos, formando um incomparável ecossistema com rica biodiversidade em plantas e animais.

A planície é levemente ondulada, pontilhada por serras e morros, e rica em depressões rasas que estão, na sua maior parte, cobertas pelas águas.

Pantanal Express

Para conhecer uma das maiores reservas ecológicas do mundo, uma das possibilidades é criar um roteiro que começa com o embarque no Pantanal Express, ou Trem do Pantanal, que sai de Campo Grande, todos os sábados, às 7h30, da estação Indusbrasil e volta aos domingos, de Miranda. A linha, reinaugurada no em 2009, percorre 220 km com velocidade de 30km/hora e duração de sete horas de viagem. O preço varia entre R$ 39,00 e R$ 126,00, conforme o tipo de classe escolhida.

Localizada na Serra de Piraputanga, a 139 km de Campo Grande, a cidade de Aquidauana é a única parada da viagem. O turista chega então à cidade que é conhecida como Portal do Pantanal. A região oferece excelentes opções de lazer, tanto para quem procura aventura, como conforto. São diversos estilos de passeios, acomodações e guias.

Além de paisagens exuberantes, Aquidauana é também sede do Museu de Arte Pantaneira, que possui um vasto acervo de itens históricos como armamentos e artefatos usados na Guerra do Paraguai, além de obras de arte de artistas regionais. Para saber mais sobre atrações turísticas, consulte o site www.aquidauana.ms.gov.br

Já a parada final, em Miranda, oferece também incríveis paisagens e passeios, além de atrações como a Casa do Artesão de Miranda, localizada no prédio da Estação Ferroviária. Seu objetivo é congregar o trabalho desses profissionais, até então dispersos por vários pontos da cidade. Outras opções são o Complexo Cultural Estação Ferroviária Noroeste do Brasil, onde ficam expostos banners, fotos, peças e documentos sobre a história da rede ferroviária no Mato Grosso do Sul, além do bar Plataforma de Peixe, onde são servidos espécimes do Pantanal Sul.

Cartões postais

Para quem pode conhecer além do roteiro ferroviário, um dos pontos imperdíveis é a mundialmente conhecida Gruta Azul, localizada no município de Bonito, no Mato Grosso do Sul.

O interior é formado por formações pontiagudas que se cristalizaram no teto de um lago de água azul. Outro cartão postal do Pantanal é a Cachoeira Boca da Onça (a mais alta do Mato Grosso do Sul, com 156 metros de queda livre). Situada no município de Bodoquena, que já foi distrito de Miranda, a Boca da Onça faz parte do circuito de caminhada com quatro quilômetros por mata preservada em trilhas que proporcionam segurança e levam até mais dez cachoeiras.

Trilhas radicais

A altitude, a topografia e o clima do Pantanal favorecem a prática de muitas modalidades esportivas, como rafting, cannyoning (rapel) e pára-quedismo, entre outros. O município de Jaciara, que fica 142 km a sudoeste de Campo Grande, no Mato Grosso, é uma das cidades do Pantanal que oferece excelente infra-estrutura turística. O local e se tornou referência no estado para ecoturismo e aventuras, incluindo a prática de rafting.

Variações climáticas

Para melhor programar sua viagem, é bom conhecer o regime de chuvas no Pantanal, e suas conseqüências para o turismo, como segue:

- Janeiro/Fevereiro/Março: Chuvas intensas com aproximadamente três horas de duração, mas que não impedem atividades e passeios. A maior parte do Pantanal fica submersa e o transporte de barco é o predominante. A vegetação recuperada oferece paisagens deslumbrantes aos visitantes. Faz muito calor e há maior concentração de mosquitos.

- Abril/Maio/Junho: Período da vazante (transição da cheia para a seca). Em seu retorno ao leito dos ricos, as águas deixam para trás grandes lagoas e poças d’água, onde milhares de peixes ficam presos, atraindo centenas de pássaros que emolduram o cenário com grandes revoadas. É época também de concentração dos grandes répteis, em especial do jacaré.

- Julho/Agosto/Setembro: Excelente para observação da vida selvagem. A partir de agosto, registra-se ainda a florescência dos ipês e cambarás, que colorem os campos de roxos, lilases e amarelos.

- Outubro/Novembro/Dezembro: Início da Piracama, que é movimento dos peixes em direção à nascente para desova. Favorável para observação dos mamíferos, flores nos ágapes e as tardes com pôr do sol de beleza indescritível.

- Dicas importantes: Levar na bagagem itens como roupas leves, agasalho, tênis velhos, roupa de banho, repelente, protetor solar, boné e, preferencialmente, máquinas fotográficas e binóculos.

Fonte: www.interativapantanal.com.br