por Cristiane Collich Sampaio

Na região dos Campos Gerais do Paraná, entre os municípios de Tibagi e Castro, encontra-se o Cânion Guartelá, dentro do qual está o parque estadual que leva seu nome, criado em 1992.

Esse local, também conhecido como Canyon do Rio Iapó, estende-se por 32 km, sendo considerado o maior do Brasil e o sexto maior do mundo em extensão, mas ainda é um destino de ecoturismo pouco difundido. É o sinuoso curso do Rio Iapó o responsável pela formação dessa grande fenda escarpada e íngreme, separando dois grandes maciços.

A região oferece trilhas, corredeiras e cachoeiras para todos os gostos, propiciando a prática de diferentes esportes, inclusive os radicais, como rafting nos rios Iapó e Tibagi e rapel em variadas quedas d’água, e ainda, caminhadas e cavalgadas. Os sítios arqueológicos e a vegetação diversificada, assim como a fauna preservada, também integram os atrativos do parque.

A flora local é, no mínimo, curiosa, já que é possível encontrar espécies naturais de climas muito distintos, como a Mata Atlântica, o semiárido, e pinheiros e araucárias (características do estado), entre muitas outras plantas. Nos passeios também não é raro avistar tatus, capivaras, tamanduás, bugios e o quase extinto lobo-guará, assim como falcões e pica-paus, em meio a outras espécies.

Pontos turísticos

Entre as cachoeiras que devem figurar no roteiro obrigatório está o Salto Santa Rosa, o Cotia e o Puxa-Nervos, este último situado numa propriedade particular, mas aberta a visitação. Há também a Cachoeira da Ponte de Pedra, com cerca de 200m de altura, atravessada por uma ponte de rocha, e os Panelões do Sumidouro, buracos profundos e amplos nos quais é possível sentir a turbulência do curso d’água. E, ainda, a impressionante visão das violentas águas do Rio Iapó, no fundo do desfiladeiro.

Descer de bote as corredeiras do Rio Tibagi é outra atividade que não deve faltar na programação, mas pede o acompanhamento de pessoal especializado. Vale destacar que o rio é utilizado para treinamento pela equipe brasileira de rafting.

Grutas e pinturas rupestres podem ser exploradas na trilha que ladeia o cânyon. Mas aqui vale o aviso: por estar dentro do parque, há restrição ao número de visitantes e, por esse motivo, o ideal é chegar cedo para não perder a viagem.

Mas as belezas naturais do parque e do entorno são apenas parte dos atrativos da região. Os dois municípios mais próximos têm encantos para mostrar e histórias para contar em suas construções e museus, já que, além de ter abrigado civilizações primitivas e tribos de índios tupis e gês, integraram a rota de tropeiros pelos Campos Gerais, que conduziam gado do Rio Grande do Sul para venda no estado de São Paulo.

Pelo que se sabe, o nome Guartelá vem da expressão “guarda-te-lá que cá bem fico”, usada para prevenir forasteiros de ataques dos índios.

Serviço

• Castro: http://www.castro.pr.gov.br

• Tibagi: http://tibagi.pr.gov.br/turismo / www.tibagiturismo.com.br

• Itáytyba Ecoturismo/Pousada da Aldeia: http://www.itaytyba.com.br/

• O parque, que funciona das 8h às 18h, de quarta a domingo e nos feriados nacionais, tem entrada gratuita. Mas para visitação às pinturas rupestres é necessária a contratação antecipada de guia local.

Fique atento, portanto, ao divulgar os preços dos combustíveis para não se sujeitar às penalidades previstas na lei.  

Caso tenha alguma dúvida, consulte o Sincopetro pelo tel. (11) 2109-0600. 

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