por Denise de Almeida


 


Nunca se pesquisou tanto sobre combustíveis alternativos no mundo como atualmente. Além de substituir o petróleo, o objetivo de quem pesquisa é fazer com que as novas tecnologias possam contribuir para o aumento do desempenho dos motores ao mesmo tempo em que haja diminuição na emissão de poluentes. No Brasil, a comercialização de modelos com motores flex já é uma realidade, mas há muitos países pesquisando tecnologias mais avançadas. Veja o que vai pelo mundo.


 



Célula de combustível – É apontada como o futuro mais provável para a geração de energia para carros elétricos. É limpa e não polui, mas ainda é cara e ineficiente. Funciona pela passagem de hidrogênio gasoso através de membranas especiais, gerando eletricidade que alimenta o motor.


Vem sendo desenvolvida por países como Alemanha, Canadá, EUA, Inglaterra e Japão, e, suas pesquisas encontram-se em estágio avançado. Vários protótipos já foram apresentados, mas, aspectos ligados à durabilidade, ao tamanho e ao peso da célula, além do custo, ainda precisam ser resolvidos.


 



Injeção Direta de Gasolina (GDI) – Veículo convencional com motor a gasolina, mas com injetores eletrônicos de combustível que permitem o aumento da taxa de compressão (melhora de desempenho), menor consumo e emissões, além da redução de ruídos e vibrações.


As pesquisas já foram concluídas e alguns modelos já estão sendo comercializados em países como Alemanha, EUA, França, Inglaterra, Itália e Japão.


 



Carros Elétricos – Em vez de motor de combustão interna (gasolina, álcool ou diesel) o carro tem motor elétrico movido por um conjunto de baterias que devem ser recarregadas periodicamente por meio de uma conexão com fonte externa de eletricidade.


Apesar de algumas montadoras dos EUA, Europa e Japão já venderem esses veículos há alguns anos, o desenvolvimento das baterias está aquém do desejado, implicando na necessidade de grandes e pesados conjuntos de baterias para permitir uma autonomia aceitável.


 



Motor de combustão de hidrogênio – Motores convencionais de combustão interna (gasolina, gás natural ou álcool), mas são ajustados para queimar hidrogênio ao invés do combustível original. O hidrogênio é um gás leve e explosivo, que permite uma combustão eficiente, eliminando apenas água e óxidos de nitrogênio.


As pesquisas já foram concluídas na Alemanha e EUA e alguns modelos já estão sendo vendidos na Europa.


 



Carros híbridos – Têm dois motores interligados, um de combustão interna (gasolina ou diesel) e um elétrico. Quando se exige mais velocidade, o de combustão entra em funcionamento, movimentando o carro e carregando as baterias. Quando a velocidade é baixa, a movimentação é feita pelo motor elétrico, usando a energia acumulada nas baterias.


Desenvolvidos nos EUA, Europa e Japão, suas pesquisas já foram concluídas e alguns modelos já estão sendo comercializados nos EUA e Japão.


 



Bicombustível – Carros dotados de uma única motorização convencional (gasolina ou álcool), mas podem também ser alimentados por gás combustível (gás natural ou GLP), que fica armazenado num cilindro específico. Uma chave de comando no painel define o tipo de combustível a ser usado.


Desenvolvidos na Ásia, Europa e América Latina, esses modelos existem há vários anos e são bastante difundidos na Itália, França, China, Índia, Tailândia, Filipinas, Argentina, Brasil, México e Venezuela.


 



Benefícios fiscais para automóveis elétricos


 


No que depender da Associação Brasileira de Veículos Elétricos (ABVE), os motoristas brasileiros que quiserem adquirir veículos acionados por motor elétrico (a bateria, híbridos, de célula a combustível e trolebus) poderão receber benefícios fiscais por parte dos governos estaduais, tais como, a isenção do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) e a redução da alíquota do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).


A campanha foi deflagrada durante o 5° Seminário e Exposição de Veículos Elétricos, ocorrido nos dias 25 e 26 de outubro, no Rio de Janeiro, e faz parte do trabalho da ABVE pela adoção de medidas que representem o aumento da eficiência energética no setor de transporte, e as reduções das emissões de poluentes atmosféricos e dos ruídos nas cidades por meio do incentivo ao uso de veículos elétricos.


Criada há pouco mais de um ano para incentivar o uso de toda a família de veículos elétricos no Brasil, um dos primeiros trabalhos da ABVE foi o mapeamento, em todo o Brasil, das medidas adotadas pelos governos estaduais para a redução das emissões no setor de transporte.


O levantamento revelou que apenas 10 estados brasileiros já adotaram alguma medida nesse sentido: sete deles (Ceará, Maranhão, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Sergipe) isentam do IPVA os proprietários de veículos movidos a motor elétrico (ou de força motriz elétrica); outros três (Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro e São Paulo), estabelecem alíquotas reduzidas para os proprietários de veículos movidos a eletricidade. Outro incentivo, em São Paulo, é que o rodízio municipal não atinge veículos elétricos, fato que fez com que, segundo o diretor-presidente da ABVE, Antonio Nunes Jr, a entidade passasse a receber diversas consultas de pessoas interessadas em comprar carros elétricos para poder circular livremente em São Paulo.


Nos demais 15 estados da Federação e no Distrito Federal não há nenhuma isenção ou redução específica para veículos elétricos.