por Denise de Almeida


 



As câmaras de calçada com contenção de descarga de combustíveis são dispositivos confeccionados em material impermeável, que permitem a total retenção de eventuais vazamentos, evitando que o produto atinja o solo. Contudo, considerando que algumas delas ainda não são impermeabilizadas, razão pela qual os costumeiros extravasamentos ocorridos durante o descarregamento dos produtos acabam por contaminar o subsolo, é comum observar a presença de combustível acumulado nas bocas de descarga ou a presença de solo impregnado com o produto ao redor das mesmas.


Nesse sentido, a arquiteta Sandra Huertas, da FS Consultoria, que mantém plantão semanal no departamento de Meio Ambiente do Sincopetro, alerta que, entre as atividades de rotina de manutenção e inspeção nos postos, essas câmaras merecem atenção especial.


“Caso não estejam devidamente vedadas, além da contaminação do produto por água, especialmente no período de chuvas, há o risco de contaminação do meio ambiente, e, como decorrência, a possibilidade de o revendedor ter que arcar com pesadas multas e altos custos para remediação”, explica.


Para evitar essa situação, é fundamental a sua inspeção periódica verificando a presença de água ou produtos, observando, inclusive, algumas regras básicas de segurança, já que no interior destas câmaras há grande probabilidade de formação de vapores explosivos e nocivos. Sandra aconselha, inclusive, que a inspeção seja feita somente por pessoal qualificado, que o local seja sinalizado com placas de Não Fume e que nunca se utilize equipamentos que possam gerar fagulhas.


 


Necessidades de mercado


 


Por incrível que pareça, também entre os desafios para a boa manutenção das câmaras de calçada está o de erguer a tampa do equipamento da boca de visita do tanque. Em geral confeccionadas em aço, as tampas das câmaras de calçada costumam pesar até 90 kg e, segundo Sandra, se levantadas de maneira incorreta, podem causar acidentes.


“É muito comum estas tampas estarem emperradas no próprio aro metálico que as apóia, em decorrência de pinturas da pista, acúmulo de sujeira ou até porque foram vedadas com junta de silicone”, afirma.


Para facilitar a operação e minimizar o risco de acidentes, fabricantes de equipamentos para postos de combustíveis têm se preocupado em atender as necessidades de mercado. A Zeppini, por exemplo, desenvolveu um dispositivo apropriado para suspender tais tampas, e, a OPW, em atendimento a solicitação de uma distribuidora, trouxe para o mercado uma tampa mais leve, de aproximadamente 30 kg, que, decorrente de seu material de fabricação, evita ferrugem e degradação, mantendo a resistência necessária.


O Sincopetro, por sua vez, atento a estas inovações, possibilita que os revendedores confiram estas facilidades, através de seu showroom, no departamento de Meio Ambiente, onde também serão orientados quanto aos procedimentos operacionais e de manutenção de seu estabelecimento.


“Nosso objetivo é contribuir para que o revendedor esteja apto a atender a fiscalização, assim como estar preparado em suas instalações para atender os técnicos dos órgãos públicos, em suas vistorias para emissão e renovações das devidas licenças”, assegura a arquiteta.