por Márcia Alves


 


Acaba de ser lançada a sexta edição do anuário “Combustíveis e Lojas de Conveniência 2008”, publicada pelo Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes (Sindicom). A publicação congrega as principais informações inerentes aos mercados de combustíveis e lojas de conveniência em 2007, por meio de análises numéricas destes setores.  Além da tradicional pesquisa da Gouvêa de Souza & MD acerca do perfil do consumidor das lojas de conveniência, o anuário traz nesta edição uma pesquisa do Ibope. Numa amostra de mil entrevistados, a pesquisa apontou que 82% levam em conta a marca ou bandeira do posto ao abastecerem e que 98% priorizam a qualidade dos combustíveis.


 


O segmento de lojas de conveniência, que no ano passado completou duas décadas de existência, agregou inovações e evoluiu. Há 10 anos existiam pouco mais de 800 lojas no Brasil. Em 2007, fechou o ano com 5.026 lojas, um crescimento de 4% em relação a 2006. A estimativa do setor é atingir mais de 8 mil lojas até 2013. Há 10 anos, o faturamento estava próximo a R$ 500 mil. Em 2007 foi alcançada a marca de R$ 2 bilhões, um crescimento de quase 15% em relação ao ano passado.


 


Potencial e concorrência


Embora o segmento de conveniência tenha alcançado 50% de crescimento nos últimos cinco anos, o vice-presidente executivo do Sindicom, Alisio Vaz acredita que ainda há muito espaço para crescer. “Apenas 14% dos postos no Brasil têm uma loja, enquanto que na Argentina são 47%. Existe, portanto, um grande potencial e nosso desafio é explorá-lo”, disse. Sobre a recente entrada de pesos-pesados do varejo no segmento, como Americanas, Pão de Açúcar, Carrefour, Wall Mart, Makro e outros, o consultor Flávio Franceschetti tem uma teoria: “O fato é que a conveniência, de patinho feio transformou-se em belo cisne”.


 


Vaz ainda destaca a importante participação do Sindicom, desde 2005, como único representante do Brasil e da América Latina nos encontros anuais promovidos pela National Association of Convenience Stores (NACS). “Além do reconhecimento da relevância do mercado nacional de conveniência, essa participação também nos oferece a possibilidade de aprender com a experiência de outros países”, conclui.


 


 



Alguns números do setor em 2007:


-         geração de 162 mil empregos diretos e indiretos;


-         recolhimento de R$ 312 milhões em impostos;


-         registro de 465milhões de transações por ano;


-         5.936 PDVs informatizados e com leitura ótica;


-         R$ 2 bilhões de faturamento anual.


  


Lojas de conveniência pelo mundo:


País                          Nº de postos                          Nº de lojas


EUA                         175.004                                  146.294          (84%)


Inglaterra                    9.560                                      8.050             (84%)


Alemanha                 14.093                                    11.414             (81%)


Argentina                    6.502                                      3.050             (47%)


Brasil                         35.017                                     5.026             (14%)


 


Participação de mercado em 2007


 (Número de lojas)


BR                  32,09%


Ipiranga         30,1%


Texaco            12,4%


Esso                10,7%


Shell                  8,7%


Ale                     4,2%


Repsol               1,0%


 


 



Distribuição regional da rede


de lojas (base 2007)


Sudeste                     45,9%


Sul                            30,0%


Nordeste                   13,6%


Centro-Oeste              7,6%


Norte                          2,9%