por Márcia Alves


 



O etanol está se firmando como o principal combustível para veículos de passeio. Dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) sobre o primeiro semestre deste ano, revelam que houve um aumento de 17,7% no consumo em relação ao mesmo período do ano anterior.


Esse desempenho ajudou a sustentar a venda de combustíveis no país, que por pouco não caiu. Entre janeiro e junho de 2009, foram vendidos 51,3 bilhões de litros, volume apenas 0,3% maior que o mesmo período de 2008, que registrou a comercialização de 51,1 bilhões de litros. Nas bombas, o consumo de etanol aumentou de 6 milhões de m3 para 7,7 milhões de m3, o que representa 63% do volume de gasolina consumido. Já a venda de gasolina nos postos se manteve estável em 12 milhões de m3.


O aumento no consumo de etanol poderia ser uma notícia positiva não fosse a certeza de que grande é vendido na informalidade. O Sindicom estima que esse volume seja de 4 bilhões de litros por ano, cuja comercialização sem o recolhimento de impostos resulte em prejuízos superiores a R$ 1 bilhão. Mesmo com a divisão de tributos (53% produtor e 47% distribuidoras), a sonegação persiste. Daí porque a entidade defende que o recolhimento integral passe a ser feito pelas usinas.