por Cristiane Collich Sampaio


 


Baterias, celulares, equipamentos de ar condicionado, geladeiras, fornos de micro-ondas, pilhas, lâmpadas, baterias, televisores, DVDs, CDs, rádios, lâmpadas fluorescentes etc. Agora já existem locais adequados para o descarte de todo esse lixo eletrônico, cujo volume cresce a cada dia, impulsionado pela rapidez com que a tecnologia avança nesses campos.


 


Em São Paulo, a parceria entre a Secretaria do Meio Ambiente do estado e o Instituto Sérgio Motta permitiu a criação do projeto E-lixo Maps, um site que oferece ao público um banco de dados de postos de coleta na capital e no interior, que está sendo cotidianamente ampliado. O site utiliza a plataforma Google Maps para indicar os locais mais próximos para o descarte desses resíduos. Bata acessar o www.e-lixo.org e preencher os campos de CEP, número e tipo de lixo para ver no mapa os pontos onde é possível deixar esses eletrônicos, cujos componentes poderão ter nova aplicação.


 


Grande demanda


 


Mas há outras opções. Desde abril, o Centro de Descarte e Reuso de Resíduos de Informática (Cedir), criado por profissionais da Universidade de São Paulo (USP), também se constitui em destino nobre para esse tipo de lixo. Ali, após receber os equipamentos, os técnicos realizam a triagem, para ver o que funciona ou não. Essas peças – de placas com fios de ouro até parafusos – são utilizadas em computadores remanufaturados, destinados a projetos sociais, ou vendidas para empresas que reciclam materiais específicos.


 


Quem quiser entregar seus eletrônicos no Cedir, deve agendar a visita pelos telefones (11) 3091-6455 ou (11) 3091-6454. Porém, a coleta está restrita ao lixo eletrônico de pessoas físicas, exclusivamente, e, em função do grande volume de aparelhos e componentes acumulado nos primeiros meses de funcionamento, as visitas estão temporariamente suspensas. Sua reativação, prevista para julho, pode ser confirmada por telefone ou pelo e-mail cedir.cce@usp.br.


 


Além desses serviços, foi criada recentemente uma empresa para efetuar a gestão da coleta e da destinação correta desse tipo de lixo. Desenvolvida pelos empresários Lucio Di Domenico e Ernesto Watanabe, a Descarte Certo se propõe, inicialmente, a oferecer o serviço nas Regiões Sul e Sudeste do país, por meio do agendamento prévio da coleta no endereço do cliente. Os pedidos podem ser feitos por meio do site www.descartecerto.com.br.


 


Jogar os componentes eletrônicos em lixões, por exemplo, pode comprometer o meio ambiente e a saúde da população, por contaminar o ar, o solo e as águas. Sites especializados, como o do E-lixo, revelam que esses equipamentos encerram substâncias tóxicas, como mercúrio, chumbo, cádmio e arsênio, que são muito nocivas, podendo causar distúrbios no sistema nervoso, problemas renais e pulmonares, câncer e outras doenças graves.