por Denise de Almeida
O sonho de todo comerciante de ter uma única máquina leitora (POS) para atender vários tipos de cartões vai virar realidade a partir de 1º de julho, quando termina a exclusividade entre as bandeiras e as empresas credenciadoras de lojistas e, com isso, deve entrar em vigor um código próprio de atuação do setor de cartões de crédito e débito.
A autorregulamentação do segmento, duramente criticado pela excessiva concentração de mercado, surge após muita pressão por parte de consumidores, lojistas e governo, este último autor de um relatório apurado a respeito da constituição da indústria de cartões, que destacou a necessidade de se aumentar a concorrência do setor, hoje dominado pela Redecard e Cielo (antiga Visanet) que, juntas, detêm 90% do mercado de cartões ativos. Com a diminuição da verticalização e conseqüente aumento da concorrência, espera-se que haja um serviço mais barato e eficiente para o consumidor e o comerciante.
Contudo, segundo especialistas, o movimento será gradativo e o sucesso da iniciativa dependerá de uma forte atuação do governo. De qualquer forma, a expectativa é que a unificação das máquinas não apenas reduzam custos com o aluguel cobrado pelo terminal (hoje, variando de R$
Já há hoje no mercado, alguns modelos de POS preparados para operar com multibandeiras e, com a nova tendência, é importante que o comerciante identifique e defina o portfólio de cartões com os quais irá trabalhar.
A nova regulamentação do setor de operações de cartões já provocou grande movimento no mercado. Em maio, a Redecard anunciou parceria com a Hipercard (cartão do Itaú-Unibanco) para captura de transações, e a Cielo, por sua vez, anunciou rompimento de exclusividade com a Visa.