por Márcia Alves

Tudo indica que os carros elétricos são mesmo o caminho do futuro. Na Europa, de acordo com projeções da agência ambiental, os veículos movidos a eletricidade responderão por 60% das vendas no continente até 2050, o que equivalerá a 25% da frota mundial. No Brasil, embora as estimativas sejam mais modestas, calcula-se que até 2015, 1,6 milhão de carros serão elétricos ou híbridos.

Mas, desde já, a chegada dos primeiros automóveis elétricos às lojas levanta algumas reflexões sobre o futuro dos postos de combustíveis. Embora algumas tecnologias, como a Plug-in, permitam que o abastecimento de veículos elétricos seja feito em uma tomada residencial convencional, por exemplo, os postos de combustíveis deverão se preparar para atender a essa nova demanda.

Apresentado no início de dezembro em uma feira de design realizada em Miami, nos Estados Unidos, o modelo é inspirado nos antigos postos de combustíveis americanos da década de 1950. A instalação dispõe, inclusive, de uma antiga bomba de gasolina envolta em uma proteção de vidro, como uma autêntica peça de museu. No futuro, a peça servirá, de acordo com a Audi, como uma lembrança dos tempos de dependência do petróleo. O posto exibe visual requintado, com painéis espelhados e até um modelo esportivo elétrico Audi Spyder postado como objeto decorativo.

Como a proposta é oferecer conforto aos usuários enquanto o carro é abastecido - o que, no caso dos elétricos pode levar horas -, a Audi criou um ambiente aconchegante. Móveis de madeira, plantas, alimentos orgânicos, revistas e livros, como se fossem uma sala de estar, conferem a esse posto de serviço do futuro, segundo a montadora, um clima de “oásis de bem-estar”. Daí porque esse posto de combustível conceitual, desenvolvido por um estúdio de design de Munique, na Alemanha, recebeu o sugestivo nome de E-den.

"Nosso objetivo ao criar esta instalação foi aumentar a conscientização do público sobre a ampla gama de desafios que a eletromobilidade apresenta. E nos servem também de inspiração - não apenas sobre os veículos elétricos em si, mas também sobre a infraestrutura que terá de ser criada para apoiar a mobilidade elétrica", diz Peter Schwarzenbauer, membro do Conselho de Administração da Audi para Marketing e Vendas.