por Márcia Alves

Está em trâmite na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei 7773/10, do deputado Vicentinho (PT-SP), que cria incentivos para a produção de gás natural veicular (GNV) pela indústria brasileira e para o consumo final do combustível em veículos de transporte de carga e de pessoas. Pelo texto, o uso do GNV será estimulado com redução dos seguintes impostos: IPI, Cofins, PIS e a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide).

O projeto prevê que o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) concederá subsídios ao preço de veículos de fabricação nacional que utilizarem gás natural como combustível. O conselho também deverá estabelecer políticas para assegurar a disponibilidade do GNV; fomentar a indústria brasileira voltada para a cadeia do GNV; e estimular o uso desse combustível em veículos de transportes coletivos.

Diesel mais caro em 2011

De acordo com estimativas do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis (Sindicom), o preço do óleo diesel poderá ficar pelo menos 2% mais caro em 2011. A previsão foi feita com base nos preços praticados no último leilão de biodiesel, realizado em novembro, que saltou de R$ 1,74 para R$ 2,30. Segundo o vice-presidente executivo do Sindicom, Alísio Vaz, o aumento deve representar algo entre R$ 0,02 a R$ 0,03 a mais por litro do diesel. Mas, segundo especialistas, o preço do diesel pode aumentar acima desse patamar por conta da pressão da alta dos preços do petróleo no mercado internacional.

Lei obriga a manter preços visíveis

A Câmara Municipal de Maringá (PR) aprovou, em dezembro, um projeto que obriga os postos de combustíveis a tornar os preços visíveis aos consumidores, além de identificar os órgãos reguladores e certificadores da qualidade desses produtos. Conforme a proposta, os postos deverão exibir nas placas o preço de cada combustível comercializado, informando, inclusive, a diferença percentual entre o preço do litro do etanol e o da gasolina. Além disso, deverá informar o telefone dos órgãos reguladores e certificadores de qualidade desses produtos.

Barulho em posto pode render multa de R$ 1 mil

Um projeto de lei já aprovado pela Câmara Municipal de São Paulo prevê multa de R$ 1 mil para quem usar aparelho portátil com som acima de 45 decibéis (o equivalente ao barulho de um ar-condicionado ligado) em áreas residenciais.

O projeto será votado em segunda discussão antes do recesso de janeiro e deve ser sancionado pelo prefeito Gilberto Kassab. Atualmente, a cidade dispõe de uma lei federal, de 1965, que proíbe o uso de aparelhos sonoros nas ruas, mas não há registros de pessoas autuadas com base na legislação na capital.

A proposta foi inspirada em projeto de 2008, cujo objetivo era criar uma legislação para coibir o barulho provocado pelo som alto de veículos estacionados em postos de combustíveis.

Petrobras volta a investir em gás da Bolívia

Por US$ 63,8 milhões a Petrobras adquiriu a participação de 30% no campo de gás Itaú, na Bolívia. Os campos operados pela Petrobras naquele país produzem uma média de 23 milhões de m3 de gás natural por dia, que representam mais da metade da produção boliviana do combustível. Boa parte do volume é exportada ao Brasil, que consome uma média de 30 milhões de m3 por dia de gás do país vizinho.

O investimento, anunciado em dezembro, ocorre quatro anos depois dos graves conflitos que resultaram na nacionalização do setor de petróleo na Bolívia e, consequentemente, em prejuízos à empresa brasileira. Não bastasse isso, de acordo com projeções da Empresa de Pesquisa Energética o país contará no futuro com uma megaoferta de gás natural, proveniente das bacias já exploradas e das novas descobertas em Minas Gerais e no Maranhão. Embora bastante criticada, a iniciativa da Petrobras atende, segundo analistas, à estratégia do governo brasileiro de maior cooperação com os países vizinhos.