por Denise de Almeida

Nos dias atuais, não há médico que não oriente que uma alimentação equilibrada e saudável, evitando o consumo de sal, gorduras e frituras, aliada à prática de uma atividade física trazem o equilíbrio perfeito para uma vida saudável.    

“Temos uma farmácia muito eficaz dentro de nós”, destaca José Rubens D’Elia, especialista em administração esportiva e treinamento psicofísico.  Ele explica que a atividade física regula e equilibra, por exemplo, a dosagem de dopamina. “Quando o seu nível está muito baixo, pode acarretar a doença de Parkinson e altos níveis podem dar origem a esquizofrenia e alucinações.  O exercício é um antídoto natural”, diz.    

Há também a serotonina, que tem efeito profundo sobre o humor e a ansiedade, e a endorfina, que reduz o estresse e promove uma sensação de calma, ambas liberadas no organismo pelo exercício físico.    

Segundo a educadora física especialista em fisiologia do exercício Priscilla Crippa, diretora da Nova Equipe Assessoria Esportiva, para deixar a vida sedentária de lado, não é necessário entrar em um programa de exercícios intensivo e desgastante.  “O importante”, afirma, “é manter a continuidade na atividade escolhida”.    

Priscilla lembra que os programas de exercícios devem ser planejados sob medida para cada pessoa em um nível apropriado à sua capacidade, necessidade e interesse. “De qualquer forma”, ressalta, “é recomendável, tanto para crianças quanto para adultos, manter um programa de pelo menos 30 minutos de intensidade moderada – equivalente a caminhar de quatro a cinco quilômetros por hora –  na maior parte dos dias ou, de preferência, todos os dias da semana”.   

Mas lembre-se que antes de iniciar um programa de exercícios é importante procurar um médico para identificar a melhor opção, levando em consideração as particularidades de cada um.  Abaixo as doenças e problemas de saúde que podem ser evitados com a prática regular de atividade física.         

Doenças cardíacas e acidente vascular cerebral (AVC)  –  Praticar exercícios pode ajudar a prevenir doenças cardíacas e AVCs, fortalecendo o músculo cardíaco e diminuindo o risco de doença vascular periférica, ao reduzir a pressão arterial, regular os níveis de colesterol e melhorar a circulação.          

Hipertensão arterial  –  A atividade física auxilia na redução da gordura corporal, que também está relacionada com níveis elevados de pressão arterial.          

Diabetes  –  No caso de pessoas que não dependem da insulina, os exercícios reduzem a gordura corporal e ajudam a prevenir e controlar a doença.         

Obesidade  –  Em associação com uma alimentação adequada, a atividade física ajuda a controlar o peso e combater a obesidade, importante fator de risco para várias doenças.

Dor lombar  –  Melhorando a força muscular, a flexibilidade e a postura, a atividade física ajuda a prevenir dores lombares.         

Osteoporose  –  Os exercícios físicos favorecem a formação óssea e podem evitar a perda óssea associada ao envelhecimento.       

Autoestima e estresse  –  Estudos sobre os efeitos psíquicos da atividade física demonstram que a prática regular de exercícios pode melhorar o humor e a autoestima devido à produção de endorfinas. Pesquisas mostram que a atividade física pode, também, combater a depressão e a ansiedade.       

Deficiências  –  Os exercícios aeróbicos evitam o aparecimento de deficiências, como, por exemplo, paralisia das articulações, em pessoas com idade mais avançada.