por Márcia Alves

Um cidadão dirige-se a uma loja, saboreia um bolinho de arroz e um sanduíche, compra um xampu, adquire um guarda-chuva, baterias e CDs, imprime fotos digitais, compra passagens de ônibus e transmite um fax. Produtos e serviços tão díspares podem ser encontrados num só lugar. A 18.520 quilômetros de distância de São Paulo, em Tóquio precisamente, é possível encontrar tudo isso e muito mais nos populares kombinis – lojas de conveniência abertas 24 horas por dia, sete dias da semana.

Existem mais de 50 mil lojas em várias localidades do Japão (média de um estabelecimento para cada 2 mil habitantes) administradas por grandes e médias redes mundiais que operam no setor. A variedade de itens é impressionante. Praticamente todos os japoneses e os próprios dekasseguis encontram lojas de “mil e uma utilidades”. É impossível descrever nesse espaço tudo o que se encontra numa kombini – de refeições prontas, sucos, salgadinhos, saquê a produtos de higiene, jornais e revistas, baterias, mangás (histórias em quadrinhos japoneses), além de serviços como saque de dinheiro em caixas eletrônicos, xerox de documentos, compra de ingressos de shows, pagamento de contas e compra de selos.

A estudante de comunicação brasileira Thais Fioruci mora há três anos na cidade de Yokohama e fala sobre sua experiência na Terra do Sol Nascente no blog “Perdida no Japão”. Bem adaptada à rotina do país, ela destaca algumas virtudes das kombinis. “Aqui trabalhamos muito, em horários diversificados. O comércio,replica philippe fake watches em geral, funciona em horário curto – muitos abrem às 10 horas e fecham às 22 horas. Além de vender de tudo, essas lojas são muito úteis em feriados prolongados, pois, no Japão existem feriados que duram uma semana”, revela. 

Segundo Thais, trabalhadores e empresários nipônicos não têm muito tempo de ir a supermercados ou fazer compras. Aí, uma loja como essa é a salvação. “Quando saímos tarde do serviço, esfomeados, é mais fácil passar em uma kombini e comprar uma refeição pronta”, ressalta. Em sua opinião, quanto mais lojas de conveniência desse tipo tiverem espalhadas pelo país, melhor será o atendimento às necessidades da população.

Em relação a preços, compensa adquirir produtos ou serviços na kombini? “Geralmente são mais caros se comparados aos de supermercado, por exemplo, mas a diferença não é tão grande como acontece no Brasil, cujos produtos chegam a custar o dobro do valor”, diz Thaís. Por outro lado, a blogueira não acredita que esse tipo de loja de conveniência venha a substituir a atividade dos supermercados ou empórios com o tempo. Em sua visão, os mercados possuem uma variedade maior em alguns itens como os hortifrutigranjeiros.

Lojas em estações de trens

O publicitário paulistano Flávio Sakano mora também em Yokohama há seis anos, e se tornou frequentador assíduo das kombinis. Ele destaca outra característica dessa loja em relação aos similares brasileiros. Elas existem não só em postos de combustíveis, mas em praticamente cada esquina nas grandes cidades. “No caso do interior, essas lojas geralmente ficam afastadas ou próximas de estações de trens”, relata.

As lojas de conveniência brasileiras localizadas dentro dos postos podem utilizar o exemplo japonês e ampliar seu leque de produtos e, quem sabe, incorporar serviços. O aumento da clientela pode ser consequência natural dessa inovação.  “No Brasil, o que mais se assemelha aos nossos kombinis, mas com um leque menor de serviços, são os mercadinhos”, afirma Thaís.  Segundo Sakano, as kombinis fazem parte da cultura do japonês. Haveria algo próximo no cenário brasileiro? O tempo dirá, enfim.

A origem do nome

A palavra kombini nasceu no Japão da adaptação do termo em inglês convenience store (loja de conveniência),philippe replica watches uk que no Japão era pronunciada como konbiniensu sutoa.  Para encurtar o termo, os japoneses optaram por apenas kombini.


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