por Márcia Alves

A Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) adiou, mais uma vez, a vigência da regra que estipula a adição de detergentes dispersantes à gasolina comum. “Em breve serão realizadas consulta e audiência públicas referentes à minuta da resolução que alterará as Resoluções ANP nº 1/2014 e nº 40/2013, visando, respectivamente, a adequação das regras para o registro de aditivos junto à ANP e a adaptação do prazo para a adição de detergentes dispersantes à gasolina”,cheap rolex informou a agência, por meio de nota.

Durante evento que debateu a qualidade e uso de combustíveis, em abril, no Rio de Janeiro, a ANP confirmou que a aditivação total da gasolina, prevista para julho deste ano, foi postergada para 1º de julho de 2017. O órgão regulador reiterou que ainda está finalizando estudos e discutindo metodologias.

Os aditivos dispersantes e detergentes evitam a formação de depósitos carboníferos dentro do motor. Estes pequenos carvões ficam incandescentes quando a temperatura se eleva muito na câmara de combustão e acabam provocando a pré-ignição, ou seja, inflamam a mistura ar-combustível antes da faísca na vela. Esse fenômeno é prejudicial porque pode danificar o motor e também comprometer sua eficiência, reduzindo potência e aumentando consumo e emissões.

Henrique Pereira, membro da Comissão de Motores Ciclo Otto da Sociedade de Engenheiros Automotivos (SAE Brasil), explica que ao longo do tempo de uso de um automóvel ocorre o acúmulo de detritos no motor e no sistema de combustão e o uso da gasolina aditivada contribui para a limpeza. “Hoje os benefícios do uso deste tipo de gasolina são um consenso entre os fabricantes de automóveis”, diz. Mas, adverte sobre a necessidade de fiscalização dos padrões de qualidade. “A aditivação tem seu efeito minimizado ou até anulado se o combustível estiver adulterado”, diz.