Por Denise de Almeida

 

Os boatos que rondavam havia mais de um ano a venda da distribuidora Ale, de propriedade  de Marcelo Alecrim, de Natal (RN), se concretizou no último 12 de junho.  E a compra acabou  sendo feita por uma empresa nacional.  O grupo Ultra, por meio de sua subsidiária Ipiranga,  adquiriu os ativos da empresa por R$ 2,17 bilhões.

A conclusão da operação ainda está sujeita à aprovação prévia do Cade (Conselho  Administrativo de Defesa Econômica) e da assembleia geral de acionistas do Ultra.  Contudo, já  é possível inferir que a combinação das duas empresas vai ampliar a participação da Ipiranga  na região Nordeste do país,  onde a Ale tem presença importante e justamente onde o Ultra tem  focado seus investimentos.

O grupo, aliás, está em negociação para adquirir também as farmácias Big Ben, que atua  fortemente no Norte brasileiro.  Com uma receita de R$ 1,4 bilhão em 2015 e lojas  concentradas na região Norte e Nordeste, a divisão de varejo farmacêutico do Ultra entrou  nesse segmento em 2013 e figurou no ano passado como a sétima maior rede do país em  faturamento, de acordo com dados da associação do setor, Abrafarma.  A meta é ficar entre as cinco maiores nos próximos anos, disputando a liderança com Raia  Drogasil e  Drogaria Pacheco.

Quanto ao mercado de combustíveis, a Ipiranga possui hoje uma rede de mais de 7,2 mil   postos de serviços e quase 2 mil lojas am/pm em todo o Brasil. Com a aquisição da Ale, a  empresa ganha uma rede de aproximadamente 2 mil postos Ale e cerca de 260 lojas de  conveniência.