por Márcia Alves

 

Depois de uma década de crescimento, o consumo de combustíveis no país sentiu os efeitos da crise. Em 2015, o volume total comercializado foi de 130,3 bilhões de litros, 2% menos que no ano anterior, de acordo com os dados do Anuário 2016, produzido pelo Sindicato das Distribuidoras de Combustíveis (Sindicom). A publicação informa que as afiliadas do Sindicom venderam 101,1 bilhões de litros, o que representou uma redução de 3,5% em relação ao ano anterior. A gasolina teve recuo de 8,6%; o GNV de 9,5%; e o diesel caiu 4,8%.

 

O único destaque positivo foi o etanol hidratado, que teve crescimento de 39,2% na comparação com o ano anterior, atingindo 11,1 bilhões de litros – maior volume registrado desde o lançamento do Proálcool, em 1975. O total movimentado, porém, foi inferior em 3,5% à quantidade distribuída em 2014. A retração da demanda estendeu-se ao segmento de lubrificantes, cujo consumo recuou 5,6%.

 

O anuário traz o número atualizado de postos no país em 2015, que somavam 40.809. Destes, 23.173 são de bandeiras das redes filiadas do Sindicom: Ale (2.037); BR (8.176); Ipiranga (7.230); e Raízen (5.730). Outras bandeiras somaram 3.849 postos e os postos bandeira branca 13.787. A região Sudeste concentra o maior número de bandeiras branca, com 5.068 postos, dos quais 2.833 em São Paulo e 1.599 em Minas Gerais. O Nordeste aparece em segundo lugar, com 4.241 postos, dos quais 1.377 na Bahia. De acordo com o anuário, os postos não vinculados a bandeiras reduziram sua participação no mercado de 34,7% em 2014 para 33,8% em 2015.